A belíssima Barra de Mamanguape, um refúgio de belezas naturais no Litoral Norte da Paraíba, prepara-se para sediar a sexta edição da Festa Literária da Barra do Mamanguape (Fliba). Com o tema “Marisqueiras do Rio Mamanguape”, o evento promete unir arte, cultura, literatura e sustentabilidade em uma programação diversificada, que começa nesta sexta-feira (5) e vai até o domingo (7). Localizada a aproximadamente 70 quilômetros da capital João Pessoa – uma viagem de cerca de 1 hora e 30 minutos de carro pela rodovia PB-041, passando por paisagens de manguezais e canaviais –, a pequena comunidade ribeirinha, conhecida por suas praias preservadas e pelo Projeto Peixe-Boi (dedicado à conservação de manatis), transforma-se em um polo cultural vibrante, atraindo visitantes de todo o estado e além.
A Fliba, idealizada para celebrar a identidade local e promover a leitura em meio à natureza, ocorre em espaços icônicos como o Largo da Igreja, a Colônia de Pescadores e a Pousada da Barra. Nesta edição, o foco nas marisqueiras – mulheres que coletam mariscos nos manguezais do Rio Mamanguape – destaca a importância da sustentabilidade ambiental e cultural, em um território marcado pela biodiversidade e pela tradição pesqueira. O evento é realizado pela associação Barra Viva, com apoio de instituições como o ICMBio, Sebrae, Banco do Nordeste e prefeituras locais, e inclui uma feira de artesanato, literária e culinária que permanece aberta durante os três dias.
Leia também
AGU recorre a Gilmar Mendes contra limitação de impeachment de ministros do STF
A programação inicia na sexta-feira com a solenidade de abertura, às 19h30, no Largo da Igreja, seguida de uma mesa de abertura. Às 20h, o público poderá apreciar a apresentação do Coco de Maré, ritmo tradicional nordestino. A noite segue com shows musicais a partir das 21h, com os artistas Gabriel Caminha, Rodolfo Ramos, Danilo Alex e Banda, e Erivan Estigado, prometendo uma mistura de ritmos locais e contemporâneos.
No sábado, as atividades começam cedo, com oficinas das 10h às 12h em diversos locais. Destaques incluem a xilogravura com Josafá de Orós na Pousada da Barra; artesanato em mariscos com Ana Paula (Naturarte) na Colônia de Pescadores; culinária em mariscos com Dona Marinalva no Restaurante da Marina; e produção de quadrinhos com Thaïs Kisuki na Feirinha de Artesanato no Espaço Croa da Barra. Paralelamente, no Cine Barra, haverá uma mostra de curtas-metragens, contação de histórias e o lançamento do livro “O Menino Gael, pela Paraíba”, direcionado ao público infantil, também na Colônia de Pescadores.
A tarde de sábado reserva o lançamento do filme “Navegantes” às 14h, na Colônia de Pescadores, seguido de um arrastão de coco de roda às 16h30, com o Coco da Barra de Mamanguape e o Coco de Roda de Jaraguá, partindo do Largo da Área por de Sol de Jaraguá. Às 20h, no Largo da Igreja, ocorre o lançamento do livro “Negros Riscos”, da escritora Renalide Carvalho, e a noite encerra com shows musicais às 21h, incluindo Coco da Barra de Mamanguape, Danilo Wagner e Bando, e Fulo de Mussambê.
O domingo fecha o evento com um “Natal Literário”, às 10h, no Largo da Igreja, oferecendo oficinas de combate a incêndio para crianças (em parceria com o ICMBio), brinquedos e lanches para até 50 participantes infantis. A programação reforça o compromisso da Fliba com a educação ambiental e a inclusão, incentivando o público jovem a se conectar com a literatura e a preservação.
Barra de Mamanguape, com sua população de cerca de 2 mil habitantes, é um distrito do município de Rio Tinto, mas integra a microrregião de Mamanguape. O local é famoso por seus rios e reservas ecológicas, sendo um destino ecoturístico em ascensão. A proximidade com João Pessoa facilita o acesso, tornando a Fliba uma oportunidade perfeita para quem busca fugir do agito urbano e mergulhar na cultura paraibana autêntica.
Para mais detalhes, os interessados podem acompanhar o Instagram @FlibaFesta ou visitar o site www.fliba.com.br. A expectativa é de que esta edição consolide a Fliba como um evento imperdível no calendário cultural do Nordeste, promovendo não apenas a literatura, mas também o diálogo sobre sustentabilidade em comunidades costeiras.
