O encerramento da semana traz um indicador crucial para o mercado financeiro: o relatório de emprego norte-americano (payroll), que trará os dados de maio e poderá influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre os rumos da política monetária. Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Fazenda deve apresentar no domingo alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aos líderes do Congresso, e investidores já especulam possíveis cenários.
A polêmica em torno do IOF ganhou mais um desdobramento após o Partido Liberal (PL) ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar o aumento do tributo pelo governo federal, conforme reportado pelo Valor Econômico. O caso será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, designado como relator.
Na ação, o PL argumenta que o IOF não pode ter caráter meramente arrecadatório. Segundo a legenda, “a nova estrutura de alíquotas do imposto teve como único objetivo ampliar a receita do governo”. Os decretos nº 12.466/2025 e nº 12.467/2025, que elevaram a tributação sobre diversas operações, teriam fins fiscais, e não extrafiscais, conforme a contestação.
O governo, por sua vez, já estuda medidas alternativas caso precise recuar no aumento do IOF. Entre as opções em discussão estão limitar o crescimento dos repasses ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) ou utilizar recursos obtidos no leilão das áreas não contratadas do pré-sal. A proposta final será levada aos parlamentares no domingo.
Do outro lado do hemisfério, o foco dos investidores está no payroll norte-americano. O Departamento do Trabalho dos EUA divulga hoje os números de emprego de maio, incluindo a criação líquida de vagas, a taxa de desemprego e a participação na força de trabalho.
No último relatório, foram abertas 177 mil vagas, acima das 130 mil estimadas, com desemprego em 4,2%. Desta vez, a expectativa é de desaceleração na geração de empregos. Se confirmada, a tendência pode sinalizar menor aquecimento da economia, abrindo espaço para cortes de juros pelo Fed. No entanto, o banco central mantém cautela, já que medidas do governo Trump – como elevação de tarifas e deportação de imigrantes – podem pressionar a inflação.
Com informações do portal Valor Investe.
Matéria em atualização.