A partir de terça-feira (1º), o valor do salário mínimo no estado de São Paulo será reajustado para R$ 1.804,00. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou em junho a Lei 18.153/2025, que estabelece um aumento de 10% sobre o valor atual de R$ 1.604,00 – representando um ganho real de aproximadamente 5% acima da inflação. A medida, já aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), modifica os “valores mínimos de remuneração para categorias profissionais sem piso salarial definido”, conforme texto do órgão.
Durante a tramitação, os deputados estaduais incluíram os cuidadores de pessoas com deficiência entre os profissionais beneficiados pelo piso paulista – totalizando 70 categorias abrangidas pela nova legislação.
A legislação brasileira permite que estados estabeleçam pisos salariais próprios, desde que não sejam inferiores ao mínimo federal, atualmente fixado em R$ 1.518,00 – valor R$ 106,00 superior ao de 2024 (R$ 1.412,00).
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Em 2025, diversos estados mantêm pisos regionais acima do valor nacional, com critérios variados por categoria profissional ou faixa econômica, visando adequar a remuneração ao custo de vida local.
São Paulo adota um piso único de R$ 1.804,00 para as categorias definidas em lei, segundo informações do governo estadual.
Rio de Janeiro possui seis faixas salariais:
Rio Grande do Sul estabelece cinco faixas:
Paraná varia entre R$ 1.984,16 (Faixa 1) e R$ 2.275,36 (Faixa 4).
Santa Catarina tem piso entre R$ 1.730,00 (Faixa 1) e R$ 1.978,00 (Faixa 4).
Sobreviver com o salário mínimo na capital paulista exige rigoroso planejamento financeiro. Para moradia, o valor de R$ 1.518,00 limita as opções a kitnets ou repúblicas em bairros periféricos, sendo comum o compartilhamento de espaços para reduzir custos.
A alimentação consome parcela significativa: a cesta básica na cidade custa em média R$ 852,00 (DIEESE, janeiro/2025), comprometendo mais da metade da renda. Estratégias como compras em feiras livres e atacado são alternativas.
Os gastos com transporte também impactam:
A trajetória do piso salarial nacional revela diferentes ritmos de crescimento:
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.630,00 (aumento de 7,37%) e meta de superávit primário de R$ 34,3 bilhões. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) analisará a proposta, com votação prevista até 17 de julho no Congresso.
Com informações do Estadão.