A Nvidia atingiu nesta quarta-feira (9) a marca histórica de US$ 4 trilhões (R$ 21,8 trilhões) em valor de mercado, tornando-se a primeira empresa de capital aberto a alcançar esse patamar. Os papéis da fabricante de chips registraram alta superior a 2% durante a sessão, impulsionados pela demanda global por tecnologias de inteligência artificial (IA), que consolida a companhia como uma das mais valorizadas em Wall Street.
A trajetória de crescimento da Nvidia tem sido meteórica: em junho de 2023, a empresa ultrapassou pela primeira vez a barreira de US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) em valorização. Desde então, seu valor de mercado mais que triplicou em pouco mais de um ano – ritmo mais acelerado que o de Apple e Microsoft, únicas outras companhias norte-americanas que superaram a marca de US$ 3 trilhões (R$ 16,4 trilhões). Atualmente, a Microsoft ocupa a segunda posição, com capitalização de US$ 3,75 trilhões (R$ 20,5 trilhões).
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O desempenho recente da Nvidia reflete uma recuperação de aproximadamente 74% desde abril, quando os mercados globais enfrentaram volatilidade devido às medidas tarifárias anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O otimismo em relação a acordos comerciais tem impulsionado as ações, contribuindo para que o S&P 500 atingisse máximas históricas. A Nvidia responde por 7,3% do índice, participação superior à de Apple (7%) e Microsoft (6%).
A Nvidia é especializada na produção de processadores essenciais para o treinamento de sistemas de inteligência artificial, como os que sustentam o ChatGPT. Sua clientela inclui gigantes como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. Originalmente conhecida por suas placas de vídeo para jogos e aplicações gráficas, a empresa se tornou referência no desenvolvimento de GPUs (Unidades de Processamento Gráfico), hoje amplamente utilizadas em soluções de IA.
O lançamento do ChatGPT e a corrida por IA generativa alavancaram a demanda por seus produtos, acelerando seu crescimento.
No primeiro trimestre de seu ano fiscal, a Nvidia reportou lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões), aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,96 (R$ 5,5), acima das projeções de analistas.
A receita total atingiu US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões), crescimento de 69% na comparação anual, embora o desempenho do segmento de centros de dados tenha ficado ligeiramente abaixo das expectativas. As restrições à exportação de chips para a China – posteriormente flexibilizadas pelo governo Trump – geraram um impacto de US$ 4,5 bilhões (R$ 26 bilhões), abaixo dos US$ 5,5 bilhões estimados.
Para o segundo trimestre, a empresa projeta receita menor que o esperado, com prejuízos de até US$ 8 bilhões devido às limitações nas vendas para o mercado chinês.
Com informações do portal g1.
