A fintech FictorPay, controlada pela holding Fictor, foi alvo de um ataque hacker no último domingo (19), resultando no roubo de pelo menos R$ 26 milhões. O incidente, revelado inicialmente pelo PlatôBR, é mais um golpe contra o sistema financeiro nacional, expondo vulnerabilidades em aplicativos internos da empresa, que atua nos setores de serviços financeiros, indústria alimentícia e infraestrutura, com cerca de 4 mil funcionários desde sua fundação em 2007.

Os criminosos exploraram uma brecha em aplicativos internos da FictorPay, acessando a conta de uma prestadora de serviços da fintech. Isso permitiu a realização de 280 transações via Pix para aproximadamente 270 “contas-laranja” em diversos bancos e outras fintechs, sem estar sujeitas às limitações de valores impostas pelo Banco Central (BC), já que a FictorPay não é participante direta do Pix e se conecta ao sistema por meio de prestadoras de serviço.

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Uma dessas prestadoras, a Celcoin, esclareceu em nota que não houve comprometimento de sua infraestrutura. “Assim que o comportamento foi percebido, bloqueamos preventivamente as operações e alertamos imediatamente o cliente. As análises indicam que a origem do incidente está em uma empresa provedora de soluções de aplicativo ‘white label’ utilizada por este cliente e por outras empresas do mercado, impactando diversos players de BaaS e Core Banking, sem qualquer relação com a Celcoin. Reforçamos que nenhuma invasão ou fraude ocorreu em nosso ambiente”, afirmou a empresa. “Seguimos apoiando o cliente nas investigações e nos procedimentos de recuperação dos valores, mantendo contato direto com as autoridades competentes. Reafirmamos que todas as operações e ambientes da Celcoin permanecem estáveis e seguros, em total conformidade com as normas do Banco Central do Brasil”, completou.

O Banco Central ainda não se pronunciou sobre o caso, que destaca a crescente preocupação com a segurança cibernética no setor financeiro. A FictorPay segue colaborando com as autoridades para investigar o ataque e recuperar os valores roubados.

Com informações do portal Metrópoles.