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Pesquisa Quaest revela melhora na aprovação de Lula em diversos segmentos da população
Termômetro da Política
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A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada nesta quarta-feira (20), mostra que a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou melhoras em diversos segmentos da população brasileira. Realizada entre 13 e 17 de agosto, com 12.150 entrevistas, a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, “o governo Lula teve a melhor avaliação desde janeiro por conta da queda da inflação nos alimentos” e da “reação ao tarifaço de Trump”.

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Presidente Lula teve a melhor avaliação desde janeiro (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Aprovação geral e oscilações
A aprovação ao governo Lula subiu três pontos, alcançando 46%, enquanto a desaprovação caiu dois pontos, registrando 51%. Em julho, a aprovação estava em 40% e a desaprovação, em 53%. Este é o segundo levantamento consecutivo que aponta crescimento na aprovação e recuo na desaprovação, dentro da margem de erro de dois pontos.

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Por região
O Nordeste lidera como a região com maior aprovação ao governo, alcançando 60% (contra 53% em julho), um aumento de sete pontos. A desaprovação caiu na mesma proporção, de 44% para 37%, com margem de erro de quatro pontos. No Centro-Oeste e Norte, apurados conjuntamente, a aprovação subiu de 40% para 44%, enquanto a desaprovação caiu de 55% para 53%, com margem de erro de oito pontos, configurando empate técnico.

No Sudeste, a desaprovação segue maior, com 55% (era 56%), contra 42% de aprovação (era 40%), reduzindo a diferença de 32 pontos em março para 13 pontos, com margem de erro de três pontos. O Sul mantém a maior desaprovação do país, estável em 61%, enquanto a aprovação subiu de 35% para 38%, com margem de erro de seis pontos.

Por gênero
Entre as mulheres, a avaliação do governo Lula permanece em empate técnico: a aprovação subiu de 46% para 48%, enquanto a desaprovação se manteve em 49%, com margem de erro de três pontos. Entre os homens, a desaprovação caiu cinco pontos, e a aprovação subiu na mesma proporção, reduzindo a diferença entre os indicadores em nove pontos, a menor desde janeiro, com margem de erro de três pontos.

Por faixa etária
A faixa etária de 60 anos ou mais voltou a aprovar mais o governo Lula, com 55% de aprovação (era 48%) contra 42% de desaprovação (era 46%), uma diferença de 13 pontos que acabou com o empate técnico, com margem de erro de cinco pontos. Na faixa de 35 a 59 anos, há empate técnico, com 52% de desaprovação (estável) e 46% de aprovação (era 44%), com margem de erro de três pontos. Entre os jovens de 16 a 34 anos, a desaprovação caiu de 58% para 54%, e a aprovação subiu de 38% para 43%, com margem de erro de quatro pontos.

Por escolaridade
Entre os que têm ensino fundamental completo, a aprovação subiu de 51% para 56%, enquanto a disapproval caiu de 42% para 40%, ampliando a diferença de 9 para 16 pontos, com margem de erro de quatro pontos. No grupo com ensino médio completo, a desaprovação caiu de 62% para 57%, e a aprovação subiu de 35% para 41%, reduzindo a diferença de 27 para 16 pontos, com margem de erro de três pontos. Já entre os com ensino superior completo, a desaprovação subiu de 53% para 56%, enquanto a aprovação caiu de 45% para 42%, com diferença de 14 pontos e margem de erro de quatro pontos.

Por renda familiar
Entre os mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, a aprovação subiu de 46% para 55%, enquanto a desaprovação caiu de 49% para 40%, gerando uma vantagem de 15 pontos, com margem de erro de quatro pontos. Na faixa de 2 a 5 salários mínimos, a desaprovação subiu de 52% para 54%, e a aprovação foi de 43% para 44%, com margem de erro de três pontos. Para rendas acima de cinco salários mínimos, a desaprovação caiu de 61% para 60%, e a aprovação subiu de 37% para 39%, com margem de erro de quatro pontos.

Por religião
Entre os católicos, a aprovação ao governo Lula voltou a ser positiva, com 54% (era 51%) contra 44% de desaprovação (era 45%), o melhor resultado do ano, com margem de erro de três pontos. Entre os evangélicos, a desaprovação caiu de 69% para 65%, e a aprovação subiu de 28% para 31%, reduzindo a diferença de 41 para 34 pontos, com margem de erro de quatro pontos.

Bolsa Família e votação em 2022
Entre os beneficiários do Bolsa Família, a aprovação subiu de 50% para 60%, enquanto a desaprovação caiu de 45% para 37%, gerando uma vantagem de 23 pontos, com margem de erro de quatro pontos. Entre os não beneficiários, a desaprovação caiu de 55% para 54%, e a aprovação subiu de 41% para 43%, com margem de erro de três pontos.

Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, a aprovação subiu de 74% para 79%, e a desaprovação caiu de 23% para 19%, com margem de erro de três pontos. Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), 92% desaprovam (era 89%), e 6% aprovam (era 9%), com margem de erro de quatro pontos. Para quem votou em branco, nulo ou não votou, a desaprovação caiu de 61% para 57%, e a aprovção subiu de 31% para 39%, com margem de erro de cinco pontos.

A pesquisa indica uma tendência de recuperação na aprovação do governo Lula, impulsionada por fatores econômicos e estratégicos, com destaque para o Nordeste, os mais pobres, católicos e idosos.

Com informações do portal g1.

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