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Regulação é o caminho para frear uso indevido de IAs nas Eleições de 2026, avalia publicitário
Termômetro da Política
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As próximas eleições acontecerão em 2026, mas a disputa política e as discussões sobre os possíveis impactos da inteligência artificial (IAs) no processo democrático já começaram a entrar em discussão. O publicitário da Signo Comunicação e Marketing, Anderson Pires, aponta as últimas eleições municipais, que aconteceram em 2024, como um termômetro para o que pode acontecer no próximo ano. “A gente caminha para um processo de amadurecimento e de regulação onde absurdos serão contidos”, avalia Anderson Pires.

O impacto do uso de IAs nas eleições de 2026 não será parecido com o das últimas eleições, avalia Anderson Pires (Imagem gerada pela inteligência artificial ChatGPT)

O publicitário considera que, inicialmente, houve receio de como as IAs poderiam ser utilizadas nas eleições, devido às experiências em eleições de outros países, como da Argentina, em 2023, que elegeu o atual presidente Javier Milei (LLA). 

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“Naquele primeiro momento era praticamente um ‘vale tudo’, e podemos dizer que o extremo da utilização de maneira pouco ética teria sido as últimas eleições na Argentina, onde a gente viu absurdos, os mais diversos, com produção de imagens sabidamente falsas e com distorções da realidade”, afirmou Anderson Pires.

O publicitário compara o caso de compartilhamento de fake news nas últimas eleições da Argentina com a experiência das últimas eleições do Brasil. “Para a situação brasileira, se tinha uma expectativa muito grande nas eleições de 2024, as eleições para prefeito, e se percebeu que o problema não foi tão grande quanto se imaginava em relação à produção de deepfakes, de distorções, inclusive com alguns cuidados que a gente já percebe hoje das próprias empresas que disponibilizam plataformas de geração de conteúdo em inteligência artificial”, disse Anderson Pires.

Para Anderson Pires, a regulação é o caminho para frear o uso indevido das IAs (Foto: Isabelle Novaes/Divulgação)

Anderson Pires também alerta para o risco de conteúdos falsos influenciarem a opinião pública e até veículos de comunicação. No entanto, acredita que a própria complexidade de se usar algumas ferramentas de IA atua como um freio. “Esses impactos que poderiam se ter de alguma maneira serão coibidos e serão reduzidos. Então eu acho que não é tema para a gente se desesperar”, afirmou Anderson Pires.

Para o publicitário, o impacto do uso de IAs nas eleições de 2026 não será parecido com o das últimas eleições. “As eleições de 2024 já mostraram que existem problemas, que existe utilização indevida, mas que foi muito aquém daquilo que se imaginava. Ninguém viu os absurdos que se viu numa eleição da Argentina, na disputa que se teve a eleição de Javier Milei”, disse.

Segundo Anderson Pires, a regulação é o caminho para frear o uso indevido das IAs. “Acho que a inteligência artificial tá aí, não tem como a gente desconsiderá-la. Todo mundo vai utilizá-la em grau menor ou maior, de maneira a, b ou c, mas acredito que também a gente caminha para um processo de amadurecimento e de regulação onde absurdos serão contidos”, disse o publicitário.

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