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Eduardo Leite descarta aliança com Lula ou Bolsonaro e sinaliza ambição presidencial em 2026
Termômetro da Política
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), afirmou categoricamente que não pretende se alinhar nem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026. A declaração reforça a posição de independência que Leite tem buscado construir no cenário nacional, enquanto o político gaúcho avalia as possibilidades para o futuro imediato.

Governador do RS, Eduardo Leite (Foto: Mauricio Tonetto/Secom-RS)

Leite, que se tornou o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul em quase um século, está diante de um momento decisivo em sua trajetória. Seu principal objetivo é disputar a Presidência da República, mas o projeto depende da aprovação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que ainda não deu sinal verde definitivo para a candidatura.

Caso a via presidencial não se concretize, o governador tem como alternativa viável a disputa por uma das duas vagas ao Senado Federal pelo estado, que já se configuram como um embate de alta intensidade entre nomes respaldados por Lula e por Bolsonaro. Permanecer no Palácio Piratini até o término do mandato também é uma possibilidade real, embora isso signifique adiar ambições maiores e frustrar o plano do vice-governador Gabriel Souza (MDB), que assumiria o cargo no exercício e poderia concorrer à sucessão estadual.

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A recente mudança partidária de Leite ganhou destaque: em maio deste ano, ele deixou o PSDB — sigla na qual ingressou aos 16 anos — e migrou para o PSD. A filiação ao novo partido é vista como um passo estratégico para ampliar sua margem de manobra no tabuleiro político nacional.

Questionado sobre suas posições em relação aos dois principais polos da política brasileira, Leite garantiu não se sentir representado nem por Bolsonaro nem por Lula. Ele recordou que votou no ex-presidente em 2018, mas enfatizou que, na ausência de candidatura própria do PSD em 2022, é “natural e legítimo” que filiados do partido tenham apoiado Lula e, consequentemente, integrado o atual governo federal — inclusive com três ministros oriundos da legenda.

Nos próximos meses, o governador deverá intensificar as conversas com a cúpula do PSD para definir qual caminho seguirá: a corrida presidencial, a disputa ao Senado ou a conclusão do mandato no Rio Grande do Sul.

Com informações da BBC.

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