Laysa Peixoto, de 22 anos, que declarou ter sido selecionada como a primeira astronauta brasileira a viajar ao espaço, se pronunciou pela primeira vez após a Nasa negar qualquer vínculo com a jovem em relação a atividades listadas em seu currículo. “Diante das informações que tem circulado ao meu respeito, tenho que mostrar para vocês qual foi o meu anúncio”, iniciou ela, nos stories do seu perfil no Instagram, na quinta-feira (12).
Em sua resposta, Laysa Peixoto destacou que sua publicação original, na qual anunciou ser astronauta, nunca foi alterada e que não há outra versão de sua fala sobre o assunto, já que ela não concedeu entrevistas.
“Até o presente momento em que eu estou começando a falar sobre o assunto, eu deixo bem claro na minha publicação que foi a única declaração, quem me selecionou como astronauta de carreira, quem foi o responsável pela seleção e com quem eu estarei indo ao espaço em 2029, que é uma empresa privada chamada Titans Space”, disse.
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A jovem também esclareceu que mencionou a agência espacial apenas para se referir ao comandante da missão, “que foi selecionado para a viagem e é um astronauta veterano da Nasa”.
“Em nenhum momento da minha declaração, eu cito que a Nasa foi responsável por essa seleção para esse voo de 2029, ou que a Nasa me selecionou como astronauta de carreira. Em nenhum momento, menciono a Nasa nesse sentido”, justificou.
Por fim, ela agradeceu as mensagens de apoio recebidas após a repercussão do caso nas redes sociais e afirmou estar sendo alvo de ataques e ameaças.
“Então, para talvez quem não teve a oportunidade de ler a minha declaração completa, quando eu anunciei ‘eu estou indo para o espaço’, deixei claro quem fez a minha seleção, está disponível para todos vocês lerem. Quem fez a minha seleção, o programa espacial que faço parte, é um programa privado, com o voo inaugural previsto para 2029”, finalizou.
Natural de Contagem, interior de Minas Gerais, Laysa havia anunciado em suas redes sociais que havia sido escolhida como astronauta de carreira e que faria parte do voo inaugural da empresa Titans Space, programado para 2029. Segundo ela, representaria o Brasil em uma nova fase da exploração espacial, incluindo viagens a estações espaciais privadas e futuras missões à Lua e Marte.
Em seu perfil no LinkedIn, ela alegou ter trabalhado na Nasa aos 19 anos, liderando pesquisas – informação que foi desmentida pela agência.
Também afirmou ter sido bolsista em Física Teórica e Matemática pela Sociedade Max Planck, realizado um curso de Engenharia em Machine Learning, Modelagem e Simulação no Centro de Ciência Computacional do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e concluído um mestrado em Aplicações de Computadores pela Columbia University.
A Nasa informou que o programa L’Space, citado por ela como parte de sua formação, “é um workshop para estudantes e não constitui um estágio ou emprego na agência”. “Não seria correto alegar vínculo com a NASA por meio dessa oportunidade”, dizia o comunicado.
Quanto à missão da Titans Space, da qual ela diz participar, a agência afirmou que “também não possui qualquer afiliação”. A empresa não consta entre as autorizadas pela FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), o que, até o momento, impede a realização do voo.
Com informações da CNN.