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Implanon, implante anticoncepcional que será distribuído pelo SUS, tem eficácia de três anos; saiba como funciona
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Após avaliação positiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), o Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira que incluirá o implante contraceptivo Implanon no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a pasta, o método apresenta benefícios como duração prolongada (três anos) e alta eficácia.

Implanon funciona como um implante hormonal
Implanon funciona como um implante hormonal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A previsão é que, até 2026, sejam distribuídos 1,8 milhão de unidades, sendo 500 mil ainda este ano. Com custo entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no mercado, o investimento do governo será de cerca de R$ 245 milhões.

“Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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Para Ana Luiza Caldas, secretária de Atenção Primária à Saúde do ministério, a medida representa “um avanço no fortalecimento do planejamento sexual e reprodutivo no Brasil”.

Como age o Implanon?

Fabricado pela Organon, o Implanon é o único implante hormonal aprovado pela Anvisa para evitar gravidez não planejada. Trata-se de um pequeno bastão semirrígido que contém 68 mg de etonogestrel, um hormônio feminino. Sua aplicação, feita sob a pele, deve ser realizada exclusivamente por médico ou enfermeiro capacitado.

O etonogestrel é liberado gradualmente na corrente sanguínea, com carga suficiente para três anos de ação. Nesse período, o hormônio inibe a ovulação e altera o muco cervical, dificultando a passagem de espermatozoides.

O método tem eficácia comparável à pílula anticoncepcional. Após três anos, o implante deve ser removido, podendo ser substituído por outro imediatamente pelo SUS, se desejado. A fertilidade retorna logo após a retirada, caso a mulher queira engravidar.

Comparação com outros métodos do SUS

Atualmente, apenas o DIU de cobre no SUS tem ação prolongada. Métodos de longa duração são considerados mais eficazes para planejamento reprodutivo, pois não dependem de uso correto contínuo, como anticoncepcionais orais ou injetáveis. Além disso, são reversíveis e seguros.

Além do DIU e, em breve, do Implanon, o SUS oferece preservativos masculino e feminino, pílulas combinadas e de progestagênio, anticoncepcionais injetáveis mensais e trimestrais, além de laqueadura e vasectomia. Somente os preservativos previnem Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Quando o Implanon estará disponível?

O ministério afirmou que publicará em breve a portaria que oficializa a inclusão do Implanon no SUS. Após isso, as equipes técnicas terão 180 dias (cerca de seis meses) para implementar a oferta, incluindo atualização de protocolos, compra dos insumos e treinamento de profissionais.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, a expectativa é que o implante comece a ser oferecido na rede pública ainda no segundo semestre de 2025.

Com informações de O Globo.

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