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Trump é diagnosticado com insuficiência venosa crônica; entenda a condição, sintomas, tratamento e prevenção
Termômetro da Política
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Nesta quinta-feira (17), a Casa Branca anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 79 anos, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica (IVC), uma condição vascular comum que afeta a circulação sanguínea, especialmente nas pernas.

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Revelação veio após Trump notar inchaço leve nos tornozelos (Foto: Divulgação/The White House)

A revelação veio após Trump notar inchaço leve nos tornozelos, observado em fotos recentes durante um evento da FIFA World Cup em 16 de julho, o que levou a uma avaliação médica detalhada, incluindo ultrassom Doppler venoso. A porta-voz Karoline Leavitt destacou que a condição é benigna e comum em pessoas acima de 70 anos, sem sinais de trombose venosa profunda ou doenças arteriais.

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O que é a insuficiência venosa crônica?

A insuficiência venosa crônica é uma condição em que as veias das pernas, responsáveis por transportar o sangue de volta ao coração, não funcionam adequadamente. Isso ocorre devido a danos nas válvulas venosas ou obstruções, como coágulos sanguíneos, que aumentam a pressão nas veias e dificultam o fluxo sanguíneo. Segundo Armando Lobato, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o mau funcionamento das válvulas permite o refluxo do sangue, causando acúmulo nos membros inferiores. A condição é progressiva e, se não tratada, pode evoluir para complicações graves, como úlceras venosas.

A IVC é altamente prevalente, afetando até 38% da população, sendo mais comum em mulheres (45%) do que em homens (30%), e sua incidência aumenta com a idade. Fatores de risco incluem predisposição genética, obesidade, gravidez, uso de anticoncepcionais à base de estrogênio, longos períodos em pé e histórico de trombose venosa profunda.

Sintomas da insuficiência venosa crônica

Os sintomas da IVC variam de acordo com o estágio da doença. No caso de Trump, o principal sintoma relatado foi o inchaço leve nas pernas, um sinal comum que tende a piorar no final do dia, quando o sangue enfrenta maior dificuldade para fluir contra a gravidade. Outros sintomas incluem:

  • Sensação de peso ou cansaço nas pernas;
  • Cãibras ou dor latejante;
  • Formigamento ou coceira;
  • Varizes ou alterações na pele, como manchas acinzentadas;
  • Úlceras venosas em estágios mais avançados, que podem surgir na parte interna do tornozelo.

Fotos recentes de Trump também mostraram hematomas nas mãos, que a Casa Branca atribuiu a irritações nos tecidos moles devido a apertos de mão frequentes e ao uso de aspirina, um medicamento comum para prevenção cardiovascular. Esses hematomas não estão diretamente relacionados à IVC, mas reforçam a importância de um acompanhamento médico detalhado.

Tratamento da insuficiência venosa crônica

Embora a IVC seja uma condição crônica sem cura, tratamentos eficazes ajudam a controlar os sintomas e prevenir complicações. No estágio inicial, como parece ser o caso de Trump, medidas conservadoras são recomendadas:

  • Elevação das pernas: Elevar as pernas acima do nível do coração por pelo menos 30 minutos, três vezes ao dia, reduz a pressão nas veias e alivia o inchaço.
  • Terapia de compressão: O uso de meias elásticas de compressão graduada é considerado o tratamento básico, ajudando a melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir o edema.
  • Exercícios físicos: Atividades como caminhada ou exercícios leves promovem a circulação sanguínea nas pernas.
  • Medicamentos: Flebotônicos, que fortalecem as veias, e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar sintomas.
  • Procedimentos invasivos: Em casos mais graves, como varizes extensas ou úlceras, tratamentos como escleroterapia, laser ou cirurgia para remoção de veias danificadas podem ser indicados.

A Casa Branca informou que os exames de Trump, incluindo hemograma completo, painel metabólico e biomarcadores cardíacos, apresentaram resultados normais, indicando que a condição está sendo gerenciada adequadamente.

Prevenção da insuficiência venosa crônica

Embora fatores como predisposição genética e idade avançada não possam ser evitados, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolver ou agravar a IVC:

  • Manter um peso saudável: A obesidade aumenta a pressão nas veias, agravando a condição.
  • Praticar atividades físicas regularmente: Exercícios que estimulam a circulação, como caminhada ou natação, são benéficos.
  • Evitar longos períodos em pé ou sentado: Movimentar-se regularmente ajuda a prevenir o acúmulo de sangue nas pernas.
  • Usar meias de compressão: Especialmente para pessoas com histórico familiar ou outros fatores de risco.
  • Monitoramento médico: Indivíduos com histórico de trombose ou varizes devem consultar um angiologista ou cirurgião vascular regularmente para avaliações, como o ecodoppler venoso, que detecta problemas no fluxo sanguíneo.

Contexto do diagnóstico de Trump

O diagnóstico de Trump foi motivado por especulações da mídia após fotos que mostravam inchaço nos tornozelos e hematomas nas mãos. A Casa Branca optou por transparência ao divulgar a condição, enfatizando que o presidente mantém “excelente saúde” e que a IVC não representa uma ameaça grave. A ausência de sintomas graves, como dor intensa ou úlceras, sugere que a doença está em um estágio inicial, facilitando o manejo com medidas conservadoras.

A insuficiência venosa crônica, embora comum, reforça a importância de monitorar sinais como inchaço nas pernas, especialmente em pessoas acima de 50 anos. O caso de Trump destaca como a identificação precoce e o acompanhamento médico podem evitar complicações, permitindo que a condição seja controlada de forma eficaz.

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