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Desemprego cai para 5,8% e Brasil atinge menor taxa da série histórica
Termômetro da Política
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A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no trimestre de abril a junho de 2025, marcando o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012. Os dados, já ajustados com a reponderação baseada no Censo 2022, mostram uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (7,0%) e de 1,1 p.p. em comparação com o mesmo período de 2024 (6,9%). A taxa de subutilização, por sua vez, atingiu 14,4%, também a menor da série, com recuo de 1,5 p.p. ante o trimestre anterior (15,9%) e de 2,0 p.p. frente a junho de 2024 (16,4%).

No setor privado, o número de empregados também cresceu, atingindo 52,6 milhões (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A população desocupada, estimada em 6,3 milhões de pessoas, diminuiu 17,4% (1,3 milhão a menos) no trimestre e 15,4% (1,1 milhão a menos) no ano. Já a população ocupada alcançou um recorde histórico de 102,3 milhões, com aumento de 1,8% (mais 1,8 milhão de pessoas) no trimestre e de 2,4% (mais 2,4 milhões) em relação ao mesmo trimestre de 2024.

O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, alcançou 58,8%, igualando o recorde registrado no trimestre encerrado em novembro de 2024. Esse índice subiu 0,9 p.p. em relação ao trimestre anterior (57,8%) e 1,0 p.p. frente ao mesmo período de 2024 (57,8%).

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A população subutilizada, que totalizou 16,5 milhões, apresentou retração de 9,2% (menos 1,7 milhão) no trimestre e de 11,7% (menos 2,2 milhões) no ano. Já a população subocupada por insuficiência de horas, estimada em 4,6 milhões, permaneceu estável no trimestre, mas caiu 8,3% (menos 415 mil pessoas) na comparação anual. A população fora da força de trabalho, de 65,5 milhões, não apresentou variações significativas em ambas as comparações.

O contingente de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, foi de 2,8 milhões, com quedas de 13,7% (menos 436 mil) no trimestre e de 14,0% (menos 449 mil) no ano. O percentual de desalentados (2,5%) recuou 0,4 p.p. tanto no trimestre quanto no ano.

No setor privado, o número de empregados atingiu 52,6 milhões, com crescimento de 1,3% (mais 696 mil pessoas) no trimestre e de 2,7% (mais 1,4 milhão) no ano. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto domésticos) alcançou o recorde de 39,0 milhões, com aumentos de 0,9% (mais 357 mil) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão) no ano. Já os empregados sem carteira assinada, totalizando 13,5 milhões, cresceram 2,6% (mais 338 mil) no trimestre, mas mantiveram estabilidade na comparação anual.

O setor público também registrou um recorde, com 12,8 milhões de empregados, crescendo 5,0% (mais 610 mil) no trimestre e 3,4% (mais 423 mil) no ano. Os trabalhadores por conta própria, somando 25,8 milhões, também bateram recorde, com altas de 1,7% (mais 426 mil) no trimestre e de 3,1% (mais 767 mil) no ano.

A taxa de informalidade ficou em 37,8% da população ocupada, equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores informais, ante 38,0% (38,2 milhões) no trimestre anterior e 38,7% (38,6 milhões) no mesmo período de 2024.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos atingiu o recorde de R$ 3.477, com aumento de 1,1% no trimestre e de 3,3% no ano. A massa de rendimento real habitual, estimada em R$ 351,2 bilhões, também foi recorde, com crescimento de 2,9% (mais R$ 9,9 bilhões) no trimestre e de 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.

A força de trabalho, composta por ocupados e desocupados, alcançou 108,6 milhões de pessoas, outro recorde histórico, com aumento de 0,5% (mais 492 mil) em relação ao trimestre anterior e de 1,2% (mais 1,3 milhão) frente ao mesmo período de 2024.

Entre os grupamentos de atividades, o único que registrou aumento em relação ao trimestre anterior foi o de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com alta de 4,5% (mais 807 mil pessoas). Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, houve crescimento em cinco setores: Indústria Geral (4,9%, mais 615 mil), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,0%, mais 561 mil), Transporte, armazenagem e correio (5,9%, mais 331 mil), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,8%, mais 483 mil) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, mais 680 mil).

O rendimento médio mensal real por grupamento de atividade apresentou alta no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,6%, mais R$ 72) em relação ao trimestre anterior, com estabilidade nos demais setores. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, quatro categorias registraram aumentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,0%, mais R$ 144), Construção (5,8%, mais R$ 148), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, mais R$ 92), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,7%, mais R$ 220) e Serviços domésticos (4,1%, mais R$ 53).

Na análise por posição na ocupação, os rendimentos médios reais mantiveram estabilidade em relação ao trimestre anterior. Já em comparação com o mesmo período de 2024, houve aumentos para empregados com carteira assinada (2,2%, mais R$ 68), empregados sem carteira assinada (7,9%, mais R$ 180), trabalhadores domésticos (4,1%, mais R$ 53) e trabalhadores por conta própria (5,3%, mais R$ 146).

Atualização da PNAD Contínua com base no Censo 2022

A partir de 31 de julho de 2025, o IBGE passou a divulgar os dados da PNAD Contínua com estimativas reponderadas, incorporando as novas projeções populacionais do Censo 2022. As populações usadas nos cálculos de expansão da pesquisa foram atualizadas, mantendo a mesma metodologia para as datas de referência.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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