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Furacão Erin atinge categoria 5 e ameaça Caribe com ventos e chuvas intensas
Termômetro da Política
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O furacão Erin, que se intensificou rapidamente neste sábado (16), alcançou a rara e “catastrófica” categoria 5, com ventos sustentados de quase 257 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões. Localizado a cerca de 168 quilômetros ao norte de Anguilla, o furacão avança sobre o nordeste do Caribe, provocando ondas fortes, rajadas de vento e chuvas intensas nas ilhas ao sul de sua trajetória, como as Ilhas de Sotavento, Ilhas Virgens e Porto Rico. Embora seja improvável que Erin atinja diretamente essas áreas, alertas tropicais estão em vigor devido a potenciais ameaças.

Previsão indica que Erin continuará a se intensificar na tarde de sábado e pode dobrar ou triplicar de tamanho até meados da próxima semana (Foto: CIRA/RAMMB/NOAA)

A tempestade, que na sexta-feira (15) era uma tempestade tropical com ventos de 120 km/h, aumentou sua intensidade em 137 km/h em apenas 24 horas, um fenômeno classificado como intensificação rápida, quando os ventos ao redor do centro de uma tempestade crescem pelo menos 56 km/h em 24 horas ou menos. As águas do Atlântico, mais quentes que o normal devido ao aquecimento global, estão impulsionando esse fortalecimento. “Haverá mais chances de desenvolvimento de sistemas tropicais neste mês”, alertam meteorologistas, que apontam a mesma região do Atlântico como propícia para novas tempestades até o início de setembro.

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A previsão indica que Erin continuará a se intensificar na tarde de sábado (16) e pode dobrar ou triplicar de tamanho até meados da próxima semana, gerando condições oceânicas turbulentas no Atlântico Ocidental. Embora o furacão deva seguir para o norte, afastando-se dos Estados Unidos e das Bermudas, mudanças bruscas em sua trajetória podem alterar esse cenário. Mesmo que siga o curso previsto, Erin deve causar “ondas e correntes de retorno fatais” nas praias das Bahamas, da Costa Leste dos EUA e do Canadá Atlântico, segundo o Centro Nacional de Furacões.

As ilhas do Caribe já sentem os impactos. Chuvas intensas, com acumulados de 5 a 10 cm e até 15 cm em áreas mais afetadas, podem causar inundações repentinas e deslizamentos de terra. Em resposta, o capitão da Guarda Costeira dos EUA determinou o fechamento dos portos de St. Thomas e St. John, nas Ilhas Virgens Americanas, e de seis portos marítimos em Porto Rico para todo o tráfego de embarcações, exceto com autorização específica. O mar agitado e as correntes de retorno devem persistir até o início da próxima semana.

Erin é o primeiro grande furacão da temporada no Atlântico, que já registrou quatro sistemas tropicais anteriores – Andrea, Barry, Chantal e Dexter –, nenhum mais forte que uma tempestade tropical. A formação de Erin, um pouco após a data média de 11 de agosto para o primeiro furacão da temporada, contrasta com a temporada passada, que teve três furacões até 15 de agosto. Meteorologistas preveem uma temporada acima da média, com o período mais ativo entre meados de agosto e meados de outubro. As temperaturas elevadas da superfície do mar, embora não tão extremas quanto os recordes de 2023 e 2024, continuam a fornecer “bastante combustível” para tempestades como Erin, intensificadas pela poluição que causa o aquecimento global. No ano passado, nove tempestades, incluindo os furacões Helene e Milton, passaram por intensificação rápida na bacia do Atlântico, um fenômeno que tem se tornado mais frequente.

Com informações da CNN.

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