Geral - -
Rebaixado para categoria 3, Furacão Erin ameaça Caribe com chuvas e enchentes
Termômetro da Política
Compartilhe:

O furacão Erin, primeiro da temporada no Atlântico, foi rebaixado para a categoria 3 na manhã deste domingo (17), enquanto atravessa o Caribe, trazendo riscos de enchentes repentinas e deslizamentos de terra, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). Após atingir brevemente a categoria 5, descrita como “catastrófica” pelas autoridades americanas, no final do sábado (16), a tempestade perdeu força, com ventos sustentados de até 205 km/h registrados às 6h00 GMT (3h00 no horário de Brasília).

Previsão indica que Erin continuará a se intensificar na tarde de sábado e pode dobrar ou triplicar de tamanho até meados da próxima semana
Tempestade perdeu força após atingir brevemente a categoria 5, descrita como “catastrófica” pelas autoridades americanas (Foto: CIRA/RAMMB/NOAA)

Localizado a cerca de 225 quilômetros ao norte de San Juan, Porto Rico, Erin deve se mover para o norte das Ilhas Virgens e Porto Rico ao longo do domingo, passando a leste das Ilhas Turks e Caicos e do sudeste das Bahamas entre a noite de domingo e a segunda-feira, conforme informou o NHC: “O centro de Erin deve se mover para o norte das Ilhas Virgens e Porto Rico durante o domingo, e passar a leste das Ilhas Turks e Caicos e do sudeste das Bahamas na noite de domingo e na segunda-feira”. Um alerta de tempestade tropical está em vigor para as Ilhas Turks e Caicos, enquanto Porto Rico, Ilhas Virgens e áreas das Bahamas foram orientadas a monitorar a evolução do furacão.

Leia também
Pressão pelo fim da guerra: Trump convoca líderes europeus para reunião com Zelensky na Casa Branca

A tempestade, que atingiu a categoria 5 em pouco mais de 24 horas após se tornar um furacão de categoria 1, demonstra uma intensificação rápida, fenômeno que cientistas associam ao aquecimento global causado pelo aumento da temperatura dos mares. “Enchentes urbanas e repentinas de magnitude local, além de deslizamentos de terra ou de lama” são esperadas, segundo o NHC, que prevê até 15 centímetros de chuva em áreas isoladas. No início da próxima semana, Erin deve impactar as Bahamas, as Bermudas e a Costa Leste dos EUA com “correntes de ressaca potencialmente fatais”, além de possíveis ondas perigosas e erosão em locais como a Carolina do Norte.

Embora meteorologistas estejam confiantes de que o furacão se manterá afastado da costa dos EUA, seguindo para o norte na noite de domingo, os impactos indiretos ainda preocupam. A temporada de furacões no Atlântico, que vai de junho a novembro, está prevista para ser mais intensa que o normal, conforme alertam especialistas. No ano passado, tempestades como o furacão Helene, que deixou mais de 200 mortos no sudeste dos EUA, reforçaram a gravidade desses eventos.

A intensificação de tempestades como Erin é impulsionada pela mudança climática, especialmente pelo aquecimento dos oceanos causado pela queima de combustíveis fósseis, que aumenta tanto a probabilidade de tempestades mais fortes quanto sua rápida escalada, segundo cientistas. A situação é agravada por cortes orçamentários e demissões na Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que gerencia o NHC, como parte dos planos do presidente dos EUA, Donald Trump, para reduzir a burocracia federal, gerando temores de previsões menos precisas para futuras tempestades.

Com informações da Folha de Pernambuco.

Compartilhe:
Palavras-chave
furacão erin