O influenciador Hytalo Santos, de 28 anos, e seu marido, Israel Nata Vicente, de 33, devem ser encaminhados nesta segunda-feira (18) ao Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, em São Paulo, conforme apurou a reportagem. Presos na última sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, o casal teve a prisão preventiva mantida pela Justiça após audiência de custódia no sábado (16). Eles passaram o fim de semana detidos no 1º DP de Carapicuíba e aguardam transferência para a unidade prisional, que, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, está superlotada, com 889 presos para uma capacidade de 521, em uma área de 4.000 m² inaugurada em 2003.

Hytalo é investigado desde 2024 pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para redes sociais. Ele nega as acusações. O caso ganhou repercussão após um vídeo publicado pelo youtuber Felca, no dia 6 de agosto, denunciando a exploração e adultização de jovens em conteúdos digitais, com menção direta a Hytalo. Segundo advogados criminalistas, a pressão social gerada pelo vídeo acelerou a ação das autoridades, resultando em medidas cautelares em um processo que já estava em andamento.

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A Justiça considerou a prisão do casal “imprescindível”, alegando que Hytalo e Israel estariam destruindo provas e tentando obstruir as investigações, inclusive com intimidação de testemunhas. Autoridades encontraram um veículo da Paraíba que, segundo a polícia, seria usado para uma tentativa de fuga pelo município de Foz do Iguaçu, no Paraná, ou outra cidade fronteiriça no Sul do país. O delegado responsável informou que a atuação da polícia de São Paulo foi de apoio às investigações conduzidas na Paraíba. Durante a operação, foram apreendidos oito celulares pertencentes ao casal, que foram lacrados e serão entregues às autoridades responsáveis pelo caso.

O advogado Coriolano Aurélio, presidente da comissão de direito digital da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional São Paulo (OAB-SP), destacou que a exposição do caso nas redes sociais criou uma pressão social que tornou a investigação uma prioridade. “A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o casal aguarda transferência para o CDP, enquanto as investigações seguem em curso na Paraíba”, informou a pasta.

Com informações da Folha de S.Paulo.