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Setembro Amarelo: Campanha reforça a importância do cuidado com a saúde mental no Brasil
Termômetro da Política
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O mês de setembro marca o início da campanha Setembro Amarelo, uma iniciativa nacional voltada para a conscientização sobre a prevenção ao suicídio e a promoção da saúde mental. Criada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a campanha busca desmistificar o tema, combater o estigma associado a transtornos mentais e incentivar a busca por ajuda profissional. No Brasil, onde cerca de 14 mil casos de suicídio são registrados anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, a campanha ganha ainda mais relevância em um contexto de aumento das taxas de ansiedade e depressão.

Setembro Amarelo ganha ainda mais relevância em um contexto de aumento das taxas de ansiedade e depressão (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Setembro Amarelo enfatiza que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física, promovendo a ideia de que falar abertamente sobre o tema é o primeiro passo para prevenir o suicídio. “Falar é a melhor solução” é o lema recorrente da campanha, que incentiva o diálogo, a escuta ativa e a identificação de sinais de sofrimento emocional, como isolamento, mudanças de humor ou falas que indiquem desespero. A iniciativa também destaca a importância de redes de apoio, incluindo amigos, familiares e serviços especializados, para oferecer suporte a quem enfrenta crises emocionais.

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No Brasil, o acesso a serviços de saúde mental no sistema público é oferecido principalmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são a principal porta de entrada para atendimento especializado, disponíveis em diversos municípios e voltados para acolher pessoas com transtornos mentais, incluindo casos graves, como depressão severa e risco de suicídio. Os CAPS oferecem atendimento multiprofissional, com psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e outros profissionais, além de atividades terapêuticas. Para localizar o CAPS mais próximo, basta procurar a Secretaria Municipal de Saúde ou acessar o site do Ministério da Saúde.

Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todo o país, são pontos de apoio iniciais, onde é possível buscar acolhimento e encaminhamento para serviços especializados. Em situações de emergência, como risco iminente de suicídio, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo telefone 192, pode ser acionado para atendimento imediato. Hospitais gerais e unidades de pronto atendimento (UPA) também integram a rede de suporte do SUS para casos agudos.

Outro recurso essencial é o Centro de Valorização da Vida (CVV), uma organização sem fins lucrativos que oferece apoio emocional gratuito 24 horas por dia, por meio do telefone 188, chat ou e-mail. O CVV, parceiro do Setembro Amarelo, realiza atendimentos confidenciais e anônimos, focados na escuta acolhedora para prevenir o suicídio.

Especialistas reforçam que a prevenção ao suicídio depende de uma abordagem coletiva. “A maior parte dos casos de suicídio está associada a transtornos mentais tratáveis, como depressão e ansiedade. Identificar sinais precocemente e oferecer suporte pode salvar vidas”, destaca a ABP. A campanha também incentiva a educação sobre saúde mental em escolas, empresas e comunidades, promovendo ações como palestras, oficinas e eventos para engajar a população.

No SUS, além dos CAPS, programas como o Saúde na Escola e os Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF) integram ações de promoção da saúde mental, com foco em prevenção e atendimento comunitário. Para quem busca ajuda, o Ministério da Saúde recomenda procurar a UBS mais próxima ou contatar o CVV pelo 188, especialmente em momentos de crise. A campanha Setembro Amarelo reforça que buscar ajuda é um ato de coragem e que o cuidado com a saúde mental é essencial para uma vida mais equilibrada e plena.

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