A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) a nona fase da Operação Kori, com o objetivo de combater o armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no município de Alcantil, na Paraíba, expedido pela 3ª Vara Regional de Garantias da Comarca de Campina Grande, que também autorizou a quebra do sigilo telemático do investigado.
As investigações apontaram indícios de que o suspeito armazenava arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil. A análise do material apreendido durante a operação está em andamento, e o investigado poderá responder pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil, previstos no artigo 241-E da Lei nº 8.069/1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente. O dispositivo define como crime “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”. A comunidade internacional, no entanto, recomenda o uso dos termos “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes” para destacar a gravidade da violência contra as vítimas.
A Polícia Federal reforçou a importância da prevenção e do monitoramento pelos pais e responsáveis para proteger crianças e adolescentes no ambiente virtual e físico. A instituição alerta para a necessidade de conversar abertamente sobre os perigos do mundo online, ensinar o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos, e acompanhar de perto as atividades digitais dos jovens. Mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo no uso de celulares e computadores, podem indicar situações de risco. A PF também recomenda ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, incentivando-os a buscar ajuda. “A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas”, destacou a Polícia Federal.
Fonte: Polícia Federal
