O governador João Azevêdo (PSB) entregou, na tarde dessa sexta-feira (3), o Museu de História da Paraíba, instalado no restaurado Palácio da Redenção, no Centro Histórico de João Pessoa. Com um investimento de R$ 11,5 milhões, a obra, considerada a maior intervenção nos mais de 400 anos do prédio, modernizou o espaço com novas instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de climatização, cabeamento estruturado, combate a incêndio, acessibilidade e segurança. A iniciativa, executada pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), abrange 3.074,80 m², incluindo o prédio principal e o anexo, e marca um passo significativo na revitalização do Centro Histórico da Capital.
Durante a solenidade, que contou com uma ampla programação cultural, João Azevêdo destacou a importância do museu como um espaço de inclusão e preservação da memória paraibana. “A entrega do Palácio da Redenção à população paraibana é um ato de inclusão no sentido mais puro. Eu me incomodava muito, a cada lugar que eu chegava, eu perguntava se as pessoas conheciam o Palácio da Redenção e elas diziam que não — e era difícil entender, porque aqui está a nossa história. Por isso, ter esse ambiente fechado para o acesso de poucos me incomodava muito. Quando tomamos a decisão de transformar esse espaço num museu é para que, verdadeiramente, o nosso povo e os nossos estudantes possam visitá-lo, conhecer a nossa história e entender todo o processo que nos trouxe até aqui”, afirmou o governador.
João Azevêdo também reforçou o compromisso com a revitalização do Centro Histórico. “Revitalizar o Centro Histórico de João Pessoa não ficou apenas em palavras, em retórica. É realidade, é ação porque o nosso propósito é fazer o Centro ganhar vida. E não medimos esforços para isso, resultado de muito trabalho de uma equipe compromissada com a Paraíba e de muitos parceiros de vários segmentos”, declarou. Ele elencou outras entregas recentes na região, como a reforma do Teatro Santa Roza, a nova sede da Agência de Regulação da Paraíba, a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, a restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes, a Escola Técnica de Artes, Tecnologia e Economia Criativa Poeta Juca Pontes, a manutenção do prédio do Grupo Escolar Thomas Mindello, o Museu da Polícia Militar e a reforma do Tribunal de Justiça, em parceria com o Poder Judiciário.
O vice-governador Lucas Ribeiro (PP) destacou o simbolismo da iniciativa. “Hoje é dia de celebrar o passado, nós que hoje temos a responsabilidade de cuidar do presente e do futuro da Paraíba. Que orgulho, governador João Azevêdo, estar ao seu lado e de todos aqueles que têm feito esse Estado avançar, crescer e nos dar orgulho. No dia de hoje, temos ainda mais orgulho de mostrar a nossa história, que é rica. Nós somos um Governo que não abriu apenas as portas do Palácio para o povo; abrimos as portas da Saúde, dos hospitais para atender bem e cuidar do povo da Paraíba. Somos um estado que abre as portas do turismo, com obras como a do Polo Turístico Cabo Branco”, afirmou.
A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) expressou emoção com a inauguração. “Como paraibana, hoje é um dia de muita emoção, porque esse Museu tem um significado não apenas para a nossa Capital — muito pelo contrário; mas para cada paraibano e paraibana. É um espaço em que, a um só tempo, temos um olhar de passado, de presente e de futuro”, comentou.
O secretário de Estado da Cultura, Pedro Santos, comparou os investimentos atuais à própria construção do Palácio. “Nada aconteceu entre a construção desse espaço até hoje que possa ser comparado em termos de investimentos e de atenção que esse equipamento recebeu na gestão do governador João Azevêdo”, pontuou, destacando que o museu abrigará um valioso acervo para fortalecer a memória do povo paraibano e o turismo.
O museu presta homenagem ao escritor Ariano Suassuna, nascido no Palácio em 1927, com um espaço exclusivo. Mariana Suassuna, filha do escritor, agradeceu a iniciativa. “Há 20 anos, nós viemos aqui com papai e tivemos uma emoção enorme — imagino agora a emoção que papai teria se ele estivesse aqui. Quando ele veio era um ambiente de trabalho, e agora é um ambiente de cultura, aberta ao povo, que foi sua grande fonte de inspiração. Por isso, ficamos muito emocionados, porque é uma forma de o nosso pai estar presente aqui. A história dele está nesse Museu, já que ele nasceu nesse espaço”, disse, acompanhada da mãe, Zélia Suassuna.
A dona de casa Elizabeth Silva, de 62 anos, também celebrou a transformação. “Eu passo por aqui há muitos anos e fiquei muito feliz com essa obra. A frente ficou maravilhosa — não vejo a hora de entrar e ver como ficou dentro”, afirmou.
Por meio de um convênio com a Fundação de Apoio ao Ensino à Pesquisa e à Extensão (Furne) e o Museu Assis Chateaubriand, o espaço abrigará obras de artistas como Pedro Américo, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Cândido Portinari. “E eu quero aproveitar esta oportunidade para anunciar duas parcerias com a Furne e o MAAC, que representam investimentos de 270 mil reais, referentes à exposição temporária aqui montada e ao termo de fomento para garantir a manutenção do espaço de cultura e arte lá em Campina Grande”, adiantou João Azevêdo.
A visitação ao Museu de História da Paraíba é gratuita, de terça a domingo, nos horários de 9h, 11h, 13h e 15h. Grupos com mais de dez pessoas devem agendar pelo e-mail museudehistoriapb@gmail.com. A inauguração foi prestigiada por autoridades como a primeira-dama Ana Maria Lins, a segunda-dama Camila Mariz, a superintendente da Suplan, Simone Guimarães, deputados estaduais, prefeitos, o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley, e representantes do Judiciário e do Ministério Público.
Fonte: Secom-PB
