Nesta quinta-feira (9), a Polícia Federal (PF), com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deu início a uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação abrange oito estados e o Distrito Federal, com o cumprimento de “66 mandados de busca e apreensão” expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos da operação estão localizados em São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal. Segundo a PF, “a ação de hoje tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.
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A Operação Sem Desconto foi iniciada em abril deste ano pela PF e pela CGU para combater fraudes envolvendo descontos associativos irregulares em benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões do INSS. As investigações apontaram que entidades descontaram cerca de “R$ 6,3 bilhões” de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Na ocasião, pelo menos “seis servidores públicos foram afastados de suas funções” por envolvimento no esquema.
A PF identificou irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados de forma não autorizada sobre benefícios previdenciários. O caso ganhou tamanha relevância que motivou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação para apurar as fraudes.
A operação desta quinta-feira busca avançar na identificação dos responsáveis e na coleta de provas para desmantelar a rede criminosa por trás do esquema bilionário.
Fonte: Agência Brasil
