O Ibama autorizou a Petrobras a perfurar um poço exploratório em águas profundas na Foz do Amazonas nesta segunda-feira (20). A licença de operação foi liberada após a empresa implementar melhorias em seu projeto. A área é considerada uma das novas fronteiras de petróleo e gás do Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a decisão e disse que a exploração da Margem Equatorial é o “futuro da soberania energética”.
De acordo com a Petrobras, a exploração em novas fronteiras é crucial para “assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa”. Em declarações anteriores à aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia afirmado que a exploração na região será feita com responsabilidade e que o Brasil não está preparado para abrir mão dos combustíveis fósseis, assim como nenhum outro país no mundo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que a licença mostra “que é possível conciliar crescimento econômico e preservação ambiental, garantindo que os benefícios dessa atividade cheguem às populações locais e fortaleçam a soberania energética nacional”.
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Após a aprovação, ambientalistas e entidades afirmaram que a licença é um duro golpe nas políticas ambientiais às vésperas da COP30.
O bloco FZA-M-059 fica a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em uma região de mar aberto. A perfuração deve começar imediatamente e tem duração prevista de cinco meses. Segundo a estatal, nesta fase o objetivo é coletar informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás em escala comercial.
Com informações de portal g1.