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MP-SP pede providências à Alesp contra deputado Lucas Bove por descumprimento de medidas protetivas
Termômetro da Política
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) que “adote providências” contra o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL), acusado de descumprir reiteradamente medidas protetivas em um caso de violência doméstica envolvendo sua ex-esposa, a influenciadora Cintia Chagas. O parlamentar foi denunciado por perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça, com base em queixas apresentadas por Chagas, que possui mais de 7,6 milhões de seguidores nas redes sociais e relatou abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de mais de dois anos com Bove.

Lucas Bove tem descumprido as medidas protetivas referentes ao caso de violência doméstica contra sua ex-esposa (Fotos: Divulgação/Alesp/Reprodução)

A promotora Fernanda Raspantini Pellegrino afirmou que Lucas Bove tem descumprido as medidas protetivas concedidas em favor de Chagas “cada vez de forma mais ostensiva, demonstrando claro desprezo às restrições judiciais impostas”. Segundo ela, “o denunciado, em que pese devidamente advertido, passou a descumprir as medidas protetivas de forma cada vez mais gravosa, de modo que, no começo, buscava publicar em rede social indiretas envolvendo a vítima e a existência e conteúdo do processo.

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Mas, com o decorrer do tempo, o denunciado não só foi reincidindo na empreitada criminosa, como também chegou ao extremo de ignorar por completo a vigência das medidas protetivas”. Diante disso, a promotora pediu à Justiça a prisão preventiva do parlamentar, argumentando que “a mera vigência de medidas protetivas não está sendo suficiente”. Ela também solicitou que a Alesp seja oficiada “a fim de que se verifique a adoção de eventuais providências cabíveis, noticiando que ao requerido está sendo imputada a prática de crimes no contexto de violência contra a mulher, em duas ações penais”.

Histórico na Alesp

No final de agosto, o Conselho de Ética da Alesp arquivou, por 6 votos a 1, uma representação da deputada Mônica Seixas (PSOL) que pedia a cassação de Bove por quebra de decoro parlamentar no mesmo caso. A única parlamentar a favor da cassação foi Ediane Maria (PSOL). Votaram contra os deputados Oseias de Madureira (PSD), Carlos Cezar (PL), Dirceu Dalben (Cidadania), Eduardo Nóbrega (Podemos), Rafael Saraiva (União Brasil) e Delegado Olim (PP). Dias após o arquivamento, Bove e Seixas protagonizaram um bate-boca no plenário da Alesp, que levou à suspensão dos trabalhos para acalmar os ânimos.

A defesa de Lucas Bove informou nessa quinta-feira (23) que o parlamentar não se manifestará sobre a denúncia.

Com informações do portal g1.

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