A comunicadora, professora e militante política Aline Bardy Dutra, conhecida nas redes sociais como Esquerdogata, foi presa na madrugada de sábado (25) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, acusada de injúria racial contra um policial militar do 51º Batalhão do Interior. Segundo o relatório da PM, Aline teria dito “um preto querendo foder outro preto” durante uma abordagem policial no cruzamento das ruas Florêncio de Abreu com Cerqueira César.

Com mais de 800 mil seguidores, Esquerdogata é reconhecida por análises críticas e conteúdos políticos, abordando temas como o tráfico de drogas como questão de saúde pública, o mercado financeiro e o “rombo nas contas públicas”. Ela também mantém uma loja de produtos, como roupas e copos, que, segundo ela, “nasceu do desejo de fortalecer a luta coletiva, levando adiante a mensagem da esquerda de forma criativa, acessível e autêntica”. A influenciadora já foi condenada anteriormente por desacato e desobediência contra PMs, conforme registros do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
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De acordo com a PM, Aline se aproximou dos agentes após uma ação de fiscalização e proferiu a frase considerada injúria racial. Os policiais começaram a gravá-la com celulares e a questionaram sobre a afirmação. Ela negou o crime, alegando que questionou a abordagem do policial a uma pessoa na mesma “condição de classe” que o militar. Mostrando sinais de embriaguez, que ela própria admitiu, Aline passou a ofender os PMs com frases preconceituosas sobre salário e cultura, além de cometer preconceito linguístico ao afirmar que um dos policiais, em outra audiência, “não teria conjugado corretamente um verbo” durante um depoimento. Em mais de um momento, ela destacou ter um milhão de seguidores nas redes sociais.
A influenciadora foi presa por desacato, resistência e suposta injúria racial, mas foi liberada no sábado após audiência de custódia, com medidas cautelares “de praxe”, como restrições para sair à noite ou frequentar determinados lugares. Seu advogado, Douglas Eduardo Marques, afirmou ao Metrópoles que Aline “está abalada” após passar a noite presa e negou o crime racial.
Com informações do portal Metrópoles.