Na madrugada desta segunda-feira (27), um violento confronto entre facções rivais no bairro de Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de pelo menos quatro pessoas, incluindo dois moradores: Marli Macedo dos Santos, de 60 anos, e Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos. Segundo a Polícia Militar (PM), traficantes do Comando Vermelho (CV), partindo do Complexo do Chapadão, tentaram invadir o Complexo da Pedreira, controlado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), que reagiu a tiros, forçando a retirada dos invasores.

Durante a fuga, dois criminosos do CV invadiram uma residência, mas foram encurralados por membros do TCP, que cercaram o imóvel. No tiroteio que se seguiu, com uso até de granadas, Marli Macedo dos Santos foi baleada na cabeça por um dos invasores. Ela foi levada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu. Em outro ponto da Pedreira, Elison Nascimento Vasconcelos foi atingido no peito ao sair de um pagode e morreu no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles.
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A PM foi acionada para conter o conflito, resultando na morte de dois suspeitos e na prisão de outros três, incluindo o responsável pela invasão da casa de Marli. Os agentes apreenderam sete fuzis e recuperaram seis carros roubados. Durante o confronto, clientes e funcionários de um comércio local precisaram se abrigar na cozinha e no banheiro do estabelecimento, que teve uma caixa d’água danificada por disparos, mas ninguém se feriu.
No mesmo dia, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros foi reaberta pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) após quase um mês fechada, desde 30 de setembro, quando foi invadida por criminosos. Logo após a reabertura, funcionários da unidade precisaram se refugiar na sala de raio-x devido à tentativa de invasão do CV na madrugada. Há um mês, dois pacientes foram agredidos e levados por traficantes, mas liberados pouco depois, em um possível caso de engano.
A Polícia Militar anunciou a ocupação da região por tempo indeterminado e informou que mantém contato com instituições públicas para garantir a continuidade dos serviços de saúde à população.
Com informações do portal g1.