Um cometa originário de fora do Sistema Solar, batizado de 3I/ATLAS, tem intrigado cientistas e acionado protocolos de defesa planetária da NASA devido a seu comportamento inesperado e trajetória hiperbólica. Descoberto em julho deste ano pelo telescópio ATLAS da agência espacial americana, o objeto interestelar apresenta variações imprevisíveis que levantam preocupações sobre possíveis colisões com missões espaciais.
O 3I/ATLAS, classificado como o terceiro cometa interestelar já identificado, foi detectado enquanto “passeava” pela órbita de Júpiter, exibindo uma composição química inédita e indícios de ser um dos mais antigos observados pela humanidade. Astrônomos calculam que o cometa atingirá seu periélio – o ponto mais próximo do Sol – por volta de 30 de outubro de 2025, a uma distância aproximada de 1,4 UA (cerca de 130 milhões de quilômetros), o que o colocará em uma rota potencialmente arriscada.
O alerta cósmico ganhou força após registros de variações inesperadas em sua trajetória, levando a NASA a ativar protocolos de defesa planetária para monitorar o objeto de perto. Especialistas estimam que partículas do cometa possam colidir com a sonda Europa entre 30 de outubro e 6 de novembro, representando uma ameaça inédita a missões espaciais em andamento. “Quando um cometa interestelar entra no Sistema Solar, estamos diante de um evento raro e fascinante. Afinal, ele é um visitante vindo de outro sistema estelar”, destacou um vídeo explicativo sobre a ativação de proteções planetárias pela agência.
A comunidade científica internacional segue acompanhando o 3I/ATLAS de perto, com análises reforçadas para entender seu “comportamento inexplicável” e mitigar riscos a ativos espaciais. A NASA não divulgou detalhes adicionais sobre ajustes em missões afetadas, mas o episódio reforça a necessidade de vigilância constante em um cosmos cada vez mais monitorado.
