A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (8) Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos, um dos dois homens que invadiram a Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de São Paulo, e levaram 13 obras raras de Henri Matisse e Candido Portinari. A prisão aconteceu em uma casa na Mooca, Zona Leste da capital paulista. O suspeito tem antecedentes por furto, roubo e tráfico de drogas.

O crime ocorreu na manhã de domingo (7), quando os dois bandidos renderam uma vigilante e um casal de idosos, colocaram as obras em uma sacola de lona e fugiram pela saída principal. Vigilantes correram atrás deles, mas não conseguiram detê-los. A dupla foi embora em uma van azul.
As imagens do sistema SmartSampa mostram os ladrões retirando telas da van e deixando três delas encostadas no muro da Rua João Adolfo, esquina com Alfredo Gagliotti. Minutos depois, as obras desapareceram.
Foram levadas oito gravuras da série Jazz, de Henri Matisse – entre elas O palhaço (Le clown), O circo (Le cirque), Senhor leal (Monsieur loyal), O pesadelo do elefante branco (Cauchemar de l’Eléphant Blanc), Os Codomas (Le Codomas), O nadador no aquário (La nageuse dans l’aquarium), O engolidor de palavras (L’avaleur de sabres) e O cowboy (Le Cowboy) – e cinco gravuras de Candido Portinari da obra Menino de Engenho.
As peças faziam parte da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”. Até o momento, nenhuma das obras foi recuperada.
O veículo usado na fuga foi localizado e apreendido para perícia. “O veículo utilizado na fuga foi localizado, apreendido e encaminhado para perícia técnica. As investigações continuam para identificar o segundo envolvido e localizar as obras subtraídas”, informou a 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).
A Prefeitura de São Paulo acionou a Interpol, via Polícia Federal, para impedir que as obras deixem o país. O segundo suspeito já foi identificado, mas segue foragido.
A Biblioteca Mário de Andrade, segunda maior do país e maior biblioteca pública municipal de São Paulo, já havia sido alvo de roubo em 2006, quando doze gravuras raras do século 19 foram furtadas e só recuperadas pela Polícia Federal em 2024.
Com informações do portal g1.