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Tirzepatida falsificada pode causar reações graves e expor paciente a risco de infecções, alerta fabricante do Mounjaro
Termômetro da Política
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O uso de tirzepatida — princípio ativo do medicamento Mounjaro — obtido por vias irregulares, como manipulação sem controle, falsificação ou importação clandestina, pode desencadear uma série de reações adversas imediatas ou progressivas no organismo. Entre os sintomas mais comuns estão vômitos persistentes, náuseas incapacitantes, diarreia intensa, desidratação e queda abrupta de pressão arterial, decorrentes de impurezas, solventes inadequados ou degradação da molécula.

Medicamentos com princípio ativo do Mounjaro vendidos no mercado oferecem riscos aos pacientes
Medicamentos com princípio ativo do Mounjaro vendidos no mercado oferecem riscos aos pacientes (Foto: Reprodução)

A falta de esterilidade eleva o risco de infecções subcutâneas, com formação de abscessos, inflamação local, febre e, em casos graves, infecção sistêmica. Vermelhidão súbita, placas ou manchas no corpo sinalizam contaminação microbiológica ou reação a substâncias estranhas.

Alterações químicas podem provocar sintomas neurológicos e cardiovasculares, como tontura intensa, palpitações, taquicardia, arritmia, picos de pressão e dor de cabeça incapacitante, especialmente quando o produto contém estimulantes ou resíduos desconhecidos.

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Doses erradas representam outro perigo: concentrações elevadas levam a hipoglicemia, mal-estar súbito e confusão mental; doses baixas tornam o tratamento ineficaz, incentivando o aumento arbitrário da aplicação.

A exposição a temperaturas inadequadas degrada a molécula, gerando subprodutos que irritam tecidos, desencadeiam alergias e provocam reações inexistentes no medicamento original.

Há ainda o risco de atraso no tratamento adequado de diabetes ou obesidade, com impacto em complicações cardiovasculares, resistência à insulina e progressão da doença.

A Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, reforça que não autoriza manipulação, venda a granel ou reenvasamento. “A integridade química e microbiológica desses produtos não pode ser garantida. Não há controle de qualidade, esterilidade, cadeia fria nem rastreabilidade da origem dos insumos”, alerta a empresa, que identificou ampolas clandestinas com substâncias desconhecidas, impurezas, ausência de tirzepatida ou misturas com ativos não declarados.

Qualquer solução líquida vendida como tirzepatida fora dos canais oficiais deve ser considerada falsificada. O produto legítimo é distribuído apenas em canetas descartáveis seladas, com prescrição médica.

Com informações do portal g1.

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