Kauan, de 20 anos, morreu baleado durante ação policial na quinta-feira (18) na Comunidade do Chaparral, bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. A família acusa os agentes de invadirem a residência e executarem o jovem, que morava sozinho e completaria 21 anos em 1º de janeiro.

A operação, conduzida pelo 5º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep), iniciou por volta das 7h e se estendeu até o final da tarde, conforme relatos de moradores.
De acordo com a irmã da vítima, Kauan se escondeu no banheiro do segundo andar ao perceber a ação policial. Os PMs teriam entrado na casa, seguido até o local e disparado contra ele, arrastando-o em seguida para outro cômodo. Imagens acessadas pela reportagem, gravadas por amigos, mostram chão ensanguentado e marcas de tiro na parede.
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A irmã relata que o irmão foi atingido por mais de dez tiros, e moradores ouviram uma sequência contínua de disparos. A família também denuncia que policiais quebraram a câmera de segurança de um vizinho para evitar registros da ação. Ao chegar ao local após ser informada enquanto trabalhava, nem ela nem a mãe foram autorizadas a entrar na residência para ver o corpo.
A versão policial, registrada em boletim de ocorrência, descreve que os agentes realizavam operação contra o tráfico de drogas. Ao acessarem um imóvel supostamente vazio e sem mobília por uma viela, avistaram Kauan no andar superior. Ele teria apontado uma pistola calibre .40 com numeração raspada, levando os PMs a dispararem para “cessar a injusta agressão”. Os policiais alegam ainda que o jovem armazenava drogas na casa.
Após os tiros, Kauan foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde faleceu. O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Com informações do portal g1.