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Medida protetiva contra Paulo Miklos reacende debate sobre violências praticadas por homens progressistas
Termômetro da Política
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A Justiça de São Paulo determinou medidas protetivas em favor da diretora de audiovisual Renata Galvão, de 46 anos, contra o ex-marido, o ator e músico Paulo Miklos, de 66 anos, integrante dos Titãs. O caso reacendeu o debate nas redes sociais sobre a importância de não associar atos violentos contra mulheres unicamente a homens conservadores.

Decisão judicial impõe a Paulo Miklos a manutenção de distância mínima de 300 metros da ex-companheira
Decisão judicial impõe a Paulo Miklos a manutenção de distância mínima de 300 metros da ex-companheira (Foto: Reprodução/TV Globo)

“Eu entendo que muita gente faz comentários como ‘Esse aí deve ser Deus, Pátria e Família’ pra tentar mostrar a hipocrisia dos homens de direita e os perigos do conservadorismo. Mas também percebo que quando sai uma notícia de um homem progressista autor de violência as pessoas ficam em choque. Ou seja, muita gente acredita que a violência de gênero tá só do outro lado’”, publicou Andrio Robert, palestrante e doutor em Educação.

A decisão judicial impõe ao artista a manutenção de distância mínima de 300 metros da ex-companheira, além de proibir qualquer contato direto ou indireto com ela ou seus familiares, incluindo a frequência em locais habitualmente visitados por Renata. A informação veio à tona pela colunista Mônica Bergamo, da “Folha de S.Paulo”, na última quinta-feira (18).

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O pedido foi apresentado pelos advogados Fernanda Tórtima, Felipe Maranhão e Matheus Freitas. No boletim de ocorrência que embasou a concessão da medida, Renata descreve um relacionamento repleto de conflitos e relata que o medo por sua segurança física aumentou nos últimos meses, em meio ao processo de separação.

A diretora anexou imagens recentes do interior de sua residência aos autos do divórcio litigioso, alegando que elas foram capturadas sem autorização. Segundo ela, um funcionário de Miklos teria invadido o imóvel para fotografá-lo, a mando do músico.

Outras acusações incluem a alegação de ter sido submetida a um aborto em 2015 contra sua vontade, além de ameaças e agressões verbais recorrentes durante o casamento. O casal se separou em setembro de 2024, período em que Renata também gerenciava a carreira do artista.

A defesa de Paulo Miklos, conduzida pelo advogado Roberto Pagliuso, manifestou que o músico lamenta a imputação de “fatos mentirosos”, considerando as acusações infundadas e empregadas de maneira estratégica no âmbito do divórcio.

O representante legal afirma que as investigações, em sigilo, provarão a ausência de qualquer conduta criminal. Por conta do segredo de justiça, a defesa optou por não detalhar o caso, destacando que os fatos narrados não correspondem à realidade e foram “ilegalmente vazados com a única intenção de atingir a reputação do artista”.

Com informações de O Globo.

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