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Boletim Focus: Mercado reduz projeções de inflação e eleva expectativa do PIB
Termômetro da Política
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O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (22), novos dados do boletim “Focus” que apontam uma trajetória de queda nas estimativas de inflação para os próximos anos. Com base na consulta realizada com mais de 100 instituições financeiras, os analistas baixaram novamente as projeções para 2025 e 2026. Para o encerramento de 2025, a previsão recuou de 4,36% para 4,33%, marcando a sexta queda consecutiva, enquanto para 2026 o índice caiu de 4,10% para 4,06%, no quinto recuo seguido. As expectativas para 2027 e 2028 permaneceram estáveis em 3,80% e 3,50%, respectivamente.

Projeção do mercado para o crescimento do PIB em 2025 subiu de 2,25% para 2,26% (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As novas estimativas surgem em um contexto de mudanças no controle inflacionário brasileiro. Desde o início de 2025, o país adotou o sistema de meta contínua, no qual o objetivo é manter a inflação em 3%, com uma margem de tolerância que permite variações entre 1,5% e 4,5%. Caso as previsões atuais se confirmem, o ano de 2025 terminará sem um estouro da meta, cenário diferente do observado em 2024 e no acumulado de 12 meses até junho deste ano, períodos em que o índice superou o teto estabelecido. Devido ao descumprimento persistente até o primeiro semestre, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, chegou a enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad detalhando as razões da superação do teto.

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Além da inflação, o mercado financeiro apresentou otimismo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A projeção de crescimento da economia para 2025 subiu de 2,25% para 2,26%, enquanto a estimativa para 2026 foi mantida em 1,80%. No campo da política monetária, os economistas decidiram manter a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano para o fechamento de 2025, refletindo o patamar atual. Entretanto, houve um ajuste na previsão para o fim de 2026, que passou de 12,13% para 12,25% ao ano.

O relatório também trouxe atualizações sobre outros indicadores econômicos relevantes. A projeção para o dólar no final de 2025 sofreu um leve aumento, passando de R$ 5,40 para R$ 5,43. No setor externo, o mercado elevou a previsão de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil para 2025, saltando de US$ 75 bilhões para US$ 79,3 bilhões. A balança comercial também teve sua estimativa de superávit ajustada positivamente para o corrente ano, subindo de US$ 62,9 bilhões para US$ 63 bilhões, demonstrando uma percepção de maior dinamismo nas relações comerciais e no interesse do capital internacional no país.

Com informações do portal g1.

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