O intenso calor que atinge praticamente todo o território brasileiro não deve aliviar até o último dia do ano. De acordo com meteorologistas, as altas temperaturas continuarão predominando em diversas regiões, com a chegada de 2026 prevista sob forte sensação de abafamento. As noites, na maior parte das capitais, também não devem trazer alívio significativo nos próximos dias, já que as mínimas permanecem elevadas em razão das máximas extremas registradas durante o dia.

Para este fim de semana, o cenário é de calor intenso desde as primeiras horas. Pancadas de chuva podem ocorrer no fim da tarde, mas serão breves e insuficientes para reduzir os termômetros.
No Sul do país, uma frente fria avança e mantém o tempo instável entre este sábado (27) e domingo (28). Em Porto Alegre, períodos de sol se alternam com chuva e trovoadas. Já Florianópolis e Curitiba enfrentam risco de temporais, com chuva mais frequente e queda gradual das temperaturas nos dias seguintes.
O Sudeste segue sob forte calor. Em São Paulo, as temperaturas sobem ainda mais neste sábado, podendo alcançar 37 °C, com mínima elevada próxima de 22 °C. No domingo, o calor continua forte, com máximas em torno de 34 °C e maior chance de pancadas a partir da tarde. No Rio de Janeiro, o quadro é ainda mais extremo: máxima de cerca de 37 °C neste sábado, sob sol predominante, e possibilidade de chegar próximo de 39 °C no domingo. A mudança só começa a se desenhar entre segunda e terça-feira, com pancadas mais regulares e temperaturas recuando para a faixa de 31 °C a 33 °C. Em Belo Horizonte, as máximas ficam entre 34 °C no fim de semana, com pancadas isoladas à tarde, e seguem altas (33 °C a 34 °C) na segunda e terça, apesar da chuva mais frequente. Já em Vitória, o tempo permanece mais firme até o início da próxima semana, com máximas entre 34 °C e 35 °C e pouca chance de chuva.
A persistência do calor extremo está diretamente associada à atuação de uma poderosa massa de ar quente sobre grande parte do país, que eleva as temperaturas típicas do verão a patamares recordes. O fenômeno se agrava nas áreas urbanas mais densas, onde a grande concentração de concreto e asfalto, somada à pouca presença de vegetação, retém o calor e intensifica o desconforto.
Em função desse quadro, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, na última sexta-feira (26), um aviso vermelho de grande perigo para onda de calor, válido até a noite de segunda-feira (29). O alerta, de nível mais alto na escala do órgão, abrange oito estados e destaca os riscos à saúde trazidos pelas temperaturas extremas.
A definição técnica de onda de calor ocorre quando as temperaturas ficam ao menos 5ºC acima da média por cinco dias ou mais. O Inmet alerta que, além do desconforto, o calor intenso pode causar lentidão, cansaço, tontura e outros efeitos mais graves ao organismo.
No Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste, o padrão geral é semelhante: predomínio de calor intenso ao menos até o começo da próxima semana, com pancadas de chuva típicas do verão em várias regiões. Essas precipitações trazem alívio momentâneo, mas não provocam queda significativa e duradoura das temperaturas.
Somente a partir do fim da primeira semana de 2026, especialmente no Sudeste, espera-se aumento mais consistente da nebulosidade e das chuvas, o que deve começar a reduzir as máximas — embora os dias continuem quentes. Até lá, o calor extremo segue como protagonista no cenário climático nacional.
Com informações do portal g1.