A influenciadora conhecida como Romagaga deixou a prisão na manhã deste domingo (28), após passar por audiência de custódia realizada pela Justiça de São Paulo. A soltura ocorreu menos de 24 horas após sua detenção em flagrante, ocorrida na tarde de sábado (26), na Rua Augusta, região central da capital paulista.

Romagaga foi indiciada por desobediência, desacato, ato obsceno, ameaça, embriaguez e invasão de domicílio. A prisão aconteceu depois que policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência na via, famosa por abrigar a cena underground e contracultural da cidade. A influenciadora alegou ter sido vítima de roubo de seu celular por parte do gerente de um hotel localizado no local.
O gerente do estabelecimento apresentou versão oposta: afirmou ter sido ameaçado por Romagaga, que teria invadido o hotel e tentado danificar uma porta e um computador. As imagens de câmeras de segurança e o próprio celular da influenciadora desmentiram a denúncia de furto, já que o aparelho permaneceu em sua posse — ela o utilizou para realizar uma transmissão ao vivo durante a qual ficou nua.
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Após o registro do caso no 78º Distrito Policial (Jardins), Romagaga foi encaminhada à prisão em flagrante.
Em nota enviada à reportagem antes da audiência de custódia, o advogado Mateus Navarro Barbosa, defensor da influenciadora, informou que trabalharia para demonstrar a desnecessidade da prisão. “Na oportunidade, a defesa esclarecerá ao magistrado a realidade fática e demonstrará que a manutenção da prisão é absolutamente desnecessária, tendo em vista a ausência dos requisitos previstos no Código de Processo Penal, dentre eles, risco à ordem pública”.
O criminalista acrescentou que pretende adotar providências contra supostos excessos cometidos durante a abordagem. “Paralelamente a isso, a defesa buscará a responsabilização civil, criminal e administrativa de todos aqueles, agentes públicos ou não, que incorreram na prática dos crimes de abuso de autoridade e homofobia”, afirmou.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou à reportagem que a influenciadora obteve liberdade provisória, mas com a imposição de medidas cautelares. Entre elas estão a proibição de retornar ao local onde ocorreu o fato, a vedação de se ausentar da comarca de residência por mais de oito dias sem comunicação prévia, o comparecimento mensal ao fórum e a obrigatoriedade de se apresentar sempre que for intimada.
O TJSP alertou que o descumprimento de qualquer uma dessas determinações acarretará a revogação imediata do benefício e o retorno à prisão.
Com informações do portal Metrópoles.