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Em São Paulo, jovem é presa após perseguir, atropelar e matar namorado e amiga dele
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Na segunda-feira (29), no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, um rapaz de 21 anos e uma jovem de 19 anos perderam a vida após serem perseguidos e atingidos por um automóvel. As vítimas, Raphael Canuto Costa e Joyce Correa da Silva, estavam em uma moto quando foram atropeladas pelo carro dirigido pela namorada de Raphael, Geovanna Proque da Silva, também de 21 anos. Com a força do impacto, os jovens foram arremessados a uma distância de cerca de 30 metros. A motorista foi presa em flagrante e, conforme determinação do Tribunal de Justiça, sua prisão foi convertida em preventiva sob a suspeita de ter provocado o incidente de forma intencional motivada por uma crise de ciúmes.

À esquerda, Citroen preto que estava estacionado também foi atingido; à direita, Citroen prata usado no atropelamento (Foto: Reprodução)

Relatos colhidos pela polícia indicam que o casal mantinha um relacionamento há aproximadamente um ano. Por volta das 2h, Raphael participava de um churrasco em sua residência quando passou a receber mensagens de Geovanna, que questionava a presença de uma mulher desconhecida na festa.

De acordo com testemunhas, o sentimento da namorada “era totalmente infundado” pois a mulher mencionada “era amiga de infância dele e nunca tiveram nada demais”. A situação escalou após Geovanna enviar a mensagem “ou você resolve ou eu resolvo” e comparecer à casa do namorado acompanhada da madrasta. Na tentativa de evitar a discussão, Raphael saiu para dar uma volta de moto levando Joyce na garupa, momento em que Geovanna iniciou a perseguição em alta velocidade conduzindo um Citroen C4 prata.

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Durante o trajeto, a condutora alcançou a motocicleta e efetuou o atropelamento, atingindo ainda um pedestre na calçada e outros dois veículos estacionados na via. O homem ferido sofreu quedas que resultaram em pontos na cabeça e lesões nas costas. Pessoas que presenciaram o ocorrido afirmaram que, após a colisão, a motorista teria dito a conhecidos: “vai socorrer seu amigo e a vagabunda que eu acabei de matar”.

Geovanna fugiu do local logo em seguida, sendo localizada por policiais sentada em uma calçada próxima após sofrer tonturas. Ela precisou ser retirada rapidamente pelas autoridades para evitar uma tentativa de linchamento por parte de populares e foi encaminhada a uma unidade médica sob escolta devido a cortes superficiais.

As investigações conduzidas pela polícia concluíram que o episódio “não se tratou de um simples acidente de trânsito”. Para as autoridades, ficou nítido o “dolo direto de matar na conduta de Geovanna”, o que fundamentou a imputação de “dois crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, haja vista que os ciúmes por parte dela ficou bem evidenciado e por ter ocorrido de moto que não permitiu as vítimas se defenderem”. Em depoimento oficial acompanhada de sua defesa, a jovem admitiu ter ingerido medicamentos antidepressivos e declarou ter consciência do ocorrido, embora tenha optado por não fornecer mais detalhes. Até o fechamento desta reportagem, a defesa de Geovanna não foi localizada para comentar o caso.

Com informações de portal g1.

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Palavras-chave
morte