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Polícia Civil de São Paulo prende 233 agressores de mulheres em operação
Termômetro da Política
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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação em todo o estado que resultou na prisão de 233 agressores acusados de crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres. A ação, iniciada na noite de segunda-feira (29) e com continuidade nesta terça-feira (30), mobilizou cerca de 1,7 mil policiais civis para o cumprimento de mandados expedidos pela Justiça. Ao todo, a lista contava com aproximadamente 1,4 mil ordens de prisão envolvendo diversas formas de agressão, embora a maior parte das ocorrências estivesse relacionada ao descumprimento de medidas protetivas.

Operação em SP cumpre mais de 1,4 mil mandados de prisão (Foto: Reprodução/TV Globo)

A operação acontece um cenário de alerta devido à alta de casos de feminicídios. O ano de 2025 registrou, na capital paulista, o maior número desse tipo de crime desde o início da série histórica em 2015. Entre os episódios recentes que motivaram a intensificação das ações está o caso da mulher que morreu após ser atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê pelo ex-ficante. Paralelamente, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito neste mês para apurar se há falta de políticas públicas e redução de verbas no setor de combate à violência contra a mulher no estado.

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Durante entrevista coletiva, o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico, disse que os indicadores precisam de redução e destacou que o governador Tarcísio de Freitas tem cobrado resultados diários. “O governador está pedindo pra gente operação todo dia. Todo dia ele me pergunta ‘como está o caso do feminício, vamos abaixar’. Porque nós conseguimos todos os indicadores baixar bastante, conseguimos a diminuição. Temos ainda que acertar no feminicídio. O que nós vamos fazer? Não vamos dar trégua”, disse o secretário. Nico ressaltou ainda a complexidade do enfrentamento, afirmando que se trata de um crime “difícil de punir [porque] começa dentro de casa”.

A operação integra a estratégia governamental SP Por Todas, que busca unir repressão e prevenção por meio de ações como o aplicativo SP Mulher Segura e a expansão do atendimento 24 horas nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM). A mobilização envolveu todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e da Capital, sob coordenação da Secretaria da Segurança Pública e apoio da Secretaria de Políticas para a Mulher. O foco principal da iniciativa é interromper ciclos de violência, garantir o cumprimento rigoroso das decisões judiciais e ampliar a rede de proteção às vítimas no território paulista.

Com informações de portal g1.

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