A centenária edição da Corrida de São Silvestre, realizada nesta quarta-feira (31) em São Paulo, foi marcada pelo desempenho de destaque dos atletas brasileiros e por um desabafo sobre as condições do atletismo nacional. Fábio Jesus Correia garantiu a terceira colocação na elite masculina ao finalizar o percurso em 1h09min15s, tornando-se o melhor brasileiro na prova. O baiano, que iniciou a disputa na nona posição, manteve uma arrancada impressionante mesmo no trecho crítico da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, superando competidores africanos na reta final.

Após cruzar a linha de chegada, o medalhista de bronze lamentou a precariedade da infraestrutura oferecida aos corredores no país e revelou as limitações de sua preparação. Fábio afirmou que “É muito treino e muita dedicação para a gente chegar aqui. Brigar com os africanos não é fácil. A gente treina e se dedica demais. Que pena que o Brasil não incentiva o atletismo, que é um esporte tão importante. Eu treinei na rua, porque as pistas não nos liberam para treinar. Não fiz altitude. Só tenho que agradecer ao meu treinador, que sempre acreditou, e minha equipe. (…) Só tenho a agradecer por esse pódio na centenária, porque não é fácil correr com os africanos”.
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A disputa masculina foi decidida nos metros finais por Muse Gizachew, da Etiópia, que surpreendeu o público com um sprint na linha de chegada, ultrapassando o queniano Jonathan Kipkoech para sagrar-se campeão com o tempo de 1h08min38s. No pelotão feminino, o Brasil também marcou presença no pódio com Núbia de Oliveira. Pelo segundo ano consecutivo, a atleta conquistou a terceira posição ao registrar 52min42s, em uma prova dominada por Sisilia Panga, da Tanzânia, que venceu com 51min09s e encerrou o domínio queniano na categoria.
O pódio da elite masculina da 100ª edição foi completado por Muse Gizachew em primeiro lugar, seguido por Jonathan Kipkoech em segundo, Fábio Jesus Correia em terceiro, e os quenianos William Kibor e Reuben Poghisho na quarta e quinta posições, respectivamente. Já na elite feminina, o top 5 contou com Sisilia Ginoka Panga no topo, Cynthia Chemweno em segundo, a brasileira Núbia de Oliveira em terceiro, Gladys Pucuhuaranga do Peru em quarto e Vivian Kiplagat do Quênia em quinto lugar. O resultado reafirma a competitividade dos brasileiros diante da hegemonia africana, apesar dos obstáculos estruturais relatados pelos competidores.
Com informações de portal GE.