A tripulação de um navio que transportava cerca de 3 mil carros foi forçada a abandonar a embarcação na costa do Alasca após um incêndio a bordo. Entre os veículos, aproximadamente 800 eram modelos elétricos. O cargueiro, chamado Morning Midas, teve todos os seus tripulantes evacuados em um barco salva-vidas e transferidos para outro navio, segundo a operadora Zodiac Maritime, responsável pela embarcação. Não houve registros de feridos.
De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, que divulgou a informação em sua conta no X (antigo Twitter), o cargueiro estava localizado nessa terça-feira (3) a cerca de 482,8 km a sudoeste de Adak, no Alasca, no momento do incidente.
O navio, registrado sob a bandeira da Libéria, havia partido do porto de Yantai, na China, em 26 de maio, com destino a Lázaro Cárdenas, no México. A Zodiac Maritime relatou que uma densa fumaça foi vista saindo do convés onde estavam estocados os veículos elétricos. Incêndios em carros elétricos a bordo de navios são particularmente difíceis de controlar devido ao calor intenso e ao risco de reignição. Ainda não foi divulgada a marca dos veículos transportados.
Chama atenção o risco ambiental causado pelo acidente devido à grande quantidade de baterias de lítio, componentes utilizados nos carros elétricos, principalmente pela dificuldade de decomposição e alto potencial poluente.
Nos últimos anos, acidentes envolvendo navios cargueiros com grandes quantidades de veículos têm se tornado mais frequentes. Em 2019, o Golden Ray, um cargueiro da Hyundai Glovis, virou com 4.200 carros na costa da Geórgia, nos EUA, e precisou ser cortado em partes para remoção — processo que levou dois anos. Já em 2022, um navio que transportava 4 mil carros de luxo, incluindo Porsches e Bentleys, afundou perto dos Açores, em Portugal.
Segundo a Allianz Commercial, seguradora especializada em riscos marítimos, incidentes como esses atingiram em 2024 o nível mais alto em dez anos: “a realidade é que o risco continua significativo devido ao tamanho desses navios e às complexidades envolvidas no combate a incêndios e no salvamento”.
Com informações do portal Uol.
