Uma deputada do estado de Minnesota e seu marido foram mortos a tiros na madrugada deste sábado (14) em um ataque que o governador Tim Walz classificou como “um assassinato politicamente motivado”. Melissa Hortman, ex-presidente da Assembleia pelo Partido Democrata-Camponês-Trabalhista (DFL), e seu marido Mark Hortman foram mortos em Brooklyn Park por um suspeito que se passava por policial, de acordo com as autoridades. Em um ataque relacionado, o senador John Hoffman (DFL) e sua esposa Yvette foram baleados em Champlin. Eles sobreviveram, passaram por cirurgia e estão em recuperação. Os crimes ocorreram por volta das 2h.
O suspeito trocou tiros com a polícia, mas fugiu e permanece foragido, com uma grande operação de busca em andamento. Foi emitida uma ordem para que moradores permaneçam em casa num raio de 5 km do Edinburgh Golf Course.
Segundo a polícia, o atacante usava colete balístico preto, distintivo, taser e era indistinguível de um policial real. Ele dirigia um SUV com luzes de emergência semelhante a viaturas oficiais.
“Nosso estado perdeu uma grande líder”, disse Walz em entrevista coletiva, descrevendo o fato como uma “tragédia indescritível”. Ele destacou que Hortman serviu Minnesota “com graça, compaixão, humor e senso de serviço”, chamando-a de “servidora pública formidável” que trabalhava diariamente para melhorar o estado.
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Sobre Hoffman e a esposa, Walz disse estar “cautelosamente otimista” com a recuperação deles. Ambos levaram múltiplos tiros.
“Foi um ato de violência política direcionada”, afirmou o governador. “O discurso pacífico é a base de nossa democracia. Não resolvemos diferenças com violência ou armas em Minnesota.”
Walz cancelou sua participação no comício “No Kings” programado para hoje. O Departamento de Segurança Pública recomendou que pessoas evitem comícios políticos no estado até a captura do suspeito. Vários eventos foram cancelados.
Autoridades encontraram no veículo do atacante um manifesto citando vários legisladores e panfletos do movimento “No Kings”. Todos os nomes mencionados foram alertados.
A caçada humana envolve o Escritório de Apreensão Criminal de Minnesota (BCA), FBI, Polícia Estadual e departamentos locais. Nenhum suspeito estava preso até a última atualização, embora várias pessoas tenham sido detidas para interrogatório.
“O suspeito explorou a confiança que nossos uniformes representam… Essa traição é profundamente perturbadora”, disse o comissário de Segurança Pública Bob Jacobson.
Moradores foram orientados a não abrir a porta a menos que vejam dois policiais uniformizados.
O presidente Donald Trump e a procuradora-geral Pam Bondi disseram estar acompanhando o caso. Trump emitiu nota condenando “essa violência horrível” e prometendo que os responsáveis serão processados “com todo o rigor da lei”.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, e o líder da minoria, Hakeem Jeffries, também condenaram os ataques. Jeffries pediu reforço na segurança da delegação de Minnesota no Congresso.
A Polícia do Capitólio afirmou estar coordenando com autoridades locais, mas não divulgou detalhes operacionais.
Novo pronunciamento de Walz
Em atualização neste sábado, Walz reforçou: “Não somos um país que resolve diferenças com armas. Minnesota sempre mostrou que é possível discordar civilmente”. Ele pediu união contra a violência e prometeu que “nenhum recurso será poupado” para levar os culpados à justiça.
As investigações continuam enquanto Minnesota chora a perda de Hortman e se recupera do ataque sem precedentes à sua classe política.
Reportagem do portal Fox News.