O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou ainda na noite desse sábado o ataque dos Estados Unidos ao Irã, conforme divulgado pelo presidente Donald Trump. Por meio da rede social digital X, Boric lembrou que a ação de Trump viola o direito internacional.
“Os Estados Unidos anunciaram que acabam de bombardear usinas nucleares no Irã. Atacar instalações nucleares é proibido pelo direito internacional. O Chile condena este ataque dos EUA. Defenderemos o respeito ao direito internacional humanitário em todas as instâncias. Ter poder não autoriza seu uso em violação às regras que nós, como humanidade, estabelecemos. Mesmo que se trate dos Estados Unidos. Exigimos e precisamos de paz”. publicou o presidente chileno.
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Em seguida, o Ministério das Relações Exteriores do Chile divulgou uma nota condenando o ataque dos Estados Unidos ao Irã. A declaração do governo chileno destaca que a ação de Trump constitui “grave ameaça à segurança regional e internacional”. O texto também ressalta que “instalações nucleares civis possuem proteção especial sob o Direito Internacional Humanitário”.
O Governo do Chile condena o ataque contra as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan, na República Islâmica do Irã, por constituir uma grave ameaça à segurança regional e internacional.
O Chile recorda que instalações nucleares civis possuem proteção especial sob o Direito Internacional Humanitário, conforme o Artigo 56 do Protocolo Adicional I às Convenções de Genebra de 1949, em defesa da população civil.
O Governo do Chile reafirma seu firme compromisso com o respeito irrestrito ao direito internacional, a proibição do uso da força estabelecida na Carta das Nações Unidas e a solução pacífica de controvérsias.
Por fim, o Chile expressa profunda preocupação com o risco de uma escalada regional e exorta as partes envolvidas a agir com máxima responsabilidade para evitar um maior deterioro da paz e da segurança internacionais. Neste contexto, o Chile faz um apelo para a retomada do diálogo e a priorização de canais diplomáticos, a fim de alcançar uma solução pacífica para a grave crise em curso.