Um poderoso terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, nesta quarta-feira (30), desencadeando alertas de tsunami em vários países banhados pelo Oceano Pacífico. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o sismo ocorreu a apenas 19,3 quilômetros de profundidade, caracterizando-se como um terremoto superficial com maior potencial destrutivo.
Autoridades meteorológicas do Japão emitiram alerta para ondas de até 3 metros que poderiam atingir áreas costeiras a partir das 22h (horário de Brasília). O Centro de Alerta de Tsunami dos EUA também advertiu sobre “ondas perigosas” nas próximas três horas para regiões costeiras da Rússia e do Japão.
As autoridades japonesas ordenaram a evacuação de cerca de dois milhões de pessoas em áreas costeiras. Na cidade de Urakawa, na ilha de Hokkaido – a região japonesa mais próxima do epicentro -, foi decretado o nível máximo de alerta (5 em uma escala que vai até 5), exigindo ação imediata da população para preservar vidas.
Além disso, mais de 1,9 milhão de residentes em 21 prefeituras ao longo da costa do Pacífico receberam ordens de evacuação de nível 4, que recomendam a saída imediata de áreas de risco, como zonas próximas ao mar e foz de rios. Segundo a Agência Nacional de Gestão de Incêndios e Catástrofes do Japão, os evacuados estão sendo abrigados em estações de trem, hospitais, escolas e outros locais elevados preparados para emergências.
Até o momento, foram registradas ondas de tsunami de até 1,3 metro em Kuji (prefeitura de Iwate) e 80 centímetros na península de Nemuro (Hokkaido), ambas no norte do Japão. Na região de Yokohama, ao sul de Tóquio, observou-se uma onda de 30 centímetros.
O Serviço Geofísico Unificado da Rússia destacou que este foi o terremoto mais intenso na região de Kamchatka desde 1952 e o sexto mais forte registrado no mundo desde 1900. A Península de Kamchatka é reconhecida como uma das áreas com maior atividade vulcânica e sísmica do planeta.
As autoridades continuam monitorando a situação e atualizando os alertas à medida que novas informações sobre o comportamento das ondas se tornam disponíveis.
Fonte: Agência Brasil
