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Nem tão bravo: Trump assina tarifaço de 50% para produtos brasileiros, mas inserção de 700 exceções sinaliza recuo
Termômetro da Política
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que impõe tarifas de 50% sobre importações brasileiras, mas com cerca de 700 exceções para produtos considerados essenciais. A lista de isenções inclui aviões civis e suas peças, minérios, suco e polpa de laranja, combustíveis, fertilizantes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos e produtos energéticos.

Donald Trump citou o ex-presidente Jair Bolsonaro para justificar a sobretaxa ao Brasil
Após dias ameaçando o Brasil, Trump manteve o discurso, mas recuou ao inserir 700 exceções na lista de produtos (Foto: Divulgação/The White House)

A medida, que entra em vigor em 6 de agosto, não se aplicará a mercadorias já em trânsito para os EUA. No entanto, produtos como café, frutas frescas e carnes não foram incluídos nas exceções e sofrerão a majoração tarifária.

A ordem executiva classifica o Brasil como uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA”, terminologia normalmente reservada a nações consideradas hostis, como Cuba, Venezuela e Irã. A justificativa apresentada pelo governo americano não detalha os motivos específicos para essa designação em relação ao Brasil.

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A decisão mantém isenções para setores estratégicos da pauta exportadora brasileira, como o complexo aeronáutico – que inclui aviões da Embraer e seus componentes – e commodities minerais e agrícolas essenciais para a indústria norte-americana. Analistas apontam recuo de Donald Trump diante da ameaça de tarifar todos os produtos.

Próximas medidas

No documento, Trump diz que a lista de exceções pode ser alterada caso o Brasil “tome medidas significativas para lidar com a emergência nacional e se alinhe suficientemente com os Estados Unidos em questões de segurança nacional, economia e política externa”.  

O presidente americano também ameaça aumentar as alíquotas se o governo brasileiro tomar medidas de retaliação contra os Estados Unidos.

“Por exemplo, se o governo do Brasil retaliar aumentando as tarifas sobre as exportações dos Estados Unidos, aumentarei a alíquota ad valorem estabelecida nesta ordem em um montante correspondente”. 

Fonte: Agência Brasil

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