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Hamas declara que manterá armas até criação de Estado palestino independente
Termômetro da Política
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Neste sábado (2), o Hamas anunciou que não abrirá mão de suas armas enquanto um Estado palestino independente não for estabelecido, respondendo a uma das principais exigências de Israel para o fim do conflito em Gaza. As conversas indiretas entre o Hamas e Israel, que buscavam um cessar-fogo de 60 dias na guerra em Gaza e um acordo para a libertação de reféns, encerraram-se na última semana sem avanços. Na terça-feira (29), Catar e Egito, que atuam como mediadores nas negociações de cessar-fogo, apoiaram uma proposta da França e da Arábia Saudita que traçava passos para uma solução de dois Estados no conflito entre Israel e Palestina, incluindo a exigência de que o Hamas entregue suas armas à Autoridade Palestina, que conta com apoio ocidental.

Além dos 51 mortos, cerca de 200 pessoas ficaram feridas
Ataques de Israel vêm massacrando o povo palestino (Foto: Reprodução/X)

Em um comunicado, o Hamas, que controla Gaza desde 2007, mas foi duramente atingido militarmente por Israel na guerra, afirmou que não renunciará ao seu direito à “resistência armada” até que um “Estado palestino independente e totalmente soberano com Jerusalém como sua capital” seja criado. Israel, por sua vez, considera o desarmamento do Hamas uma condição essencial para qualquer acordo que ponha fim ao conflito, enquanto o grupo palestino tem reiterado sua recusa em abandonar seu armamento.

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No último mês, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou qualquer futuro Estado palestino independente como uma ameaça à destruição de Israel, defendendo que, por isso, o controle de segurança sobre os territórios palestinos deve permanecer com Israel. Ele também criticou países como o Reino Unido e o Canadá por anunciarem planos de reconhecer um Estado palestino em resposta à devastação em Gaza causada pela ofensiva e pelo bloqueio israelense, considerando a medida uma recompensa ao comportamento do Hamas.

O conflito atual no Oriente Médio teve início em 7 de outubro de 2023, quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel, matando 1,2 mil pessoas e sequestrando 251 reféns para Gaza. A ofensiva militar israelense que se seguiu reduziu grande parte de Gaza a escombros, resultando na morte de mais de 60 mil palestinos e desencadeando uma crise humanitária. Após o fracasso da mais recente rodada de negociações, Israel e Hamas trocaram acusações, apontando divergências persistentes, como o grau de retirada das forças militares israelenses, como entraves para um acordo.

Com informações da Agência Brasil.

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