O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado neste sábado (09) no qual o governo brasileiro “deplora a decisão do governo israelense de expandir as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo nova incursão à Cidade de Gaza”. Segundo o comunicado, essa nova ofensiva intensificará a “catastrófica situação humanitária da população civil palestina, assolada por cenário de mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”.
O Itamaraty destacou que a Faixa de Gaza, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, constitui “parte inseparável do Estado da Palestina”, razão pela qual o Brasil reforçou seu pedido pela “retirada completa e imediata” das forças israelenses do território.
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“ Nesse contexto, reitera a urgência da implementação de cessar-fogo permanente, da libertação de todos os reféns e da entrada desimpedida de ajuda humanitária”, acrescentou.
Reações internacionais
Na quinta-feira (7), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país pretende assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza. A declaração gerou críticas tanto dentro quanto fora de Israel.
Na sexta-feira (8), o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, condenou o plano do governo israelense. No mesmo dia, o governo alemão informou que suspenderá, até nova ordem, a exportação de equipamentos militares que possam ser utilizados na Faixa de Gaza.
Neste sábado (9), o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, declarou, após reuniões no Egito, que os países muçulmanos devem agir de forma unificada e mobilizar a oposição internacional contra o plano de Israel de controlar a Cidade de Gaza.
Fonte: Agência Brasil