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Carla Zambelli segue presa na Itália após audiência sem decisão sobre extradição
Termômetro da Política
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A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), considerada foragida da Justiça brasileira, permanecerá presa na Itália enquanto aguarda uma nova decisão no processo que avalia sua extradição ao Brasil. Nesta quarta-feira (27), Zambelli compareceu a uma audiência no Tribunal de Apelações de Roma, mas o juiz encerrou a sessão sem definir o desfecho do caso, solicitando mais tempo para analisar documentos. A Justiça italiana informou que uma decisão pode ser anunciada ainda hoje.

Defesa de Zambelli pediu que ela aguardasse o processo em liberdade, alegando questões de saúde e a ausência de um pedido formal de prisão preventiva por parte do governo brasileiro
Defesa de Zambelli pediu que ela aguardasse o processo em liberdade, alegando questões de saúde e a ausência de um pedido formal de prisão preventiva por parte do governo brasileiro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Durante a audiência, a defesa de Zambelli pediu que ela aguardasse o processo em liberdade, alegando questões de saúde e a ausência de um pedido formal de prisão preventiva por parte do governo brasileiro. “Nós da defesa estamos muito otimistas, já que ela não representa nenhum risco de fuga, além de toda a parte médica, que ela necessita uma atenção especial”, afirmou Fabio Pagnozzi, um dos advogados da deputada, em entrevista após a sessão. Pelas redes sociais, Pagnozzi indicou que um “desfecho” do caso pode ocorrer entre 24 e 48 horas após o fim da audiência.

Contexto da prisão e processo

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delgatti Neto. Após a condenação, ela deixou o Brasil e informou estar na Itália, onde foi presa no final de julho, após um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. O mandado também incluiu Zambelli na lista de procurados da Interpol. A Corte Suprema da Itália considera que um alerta vermelho da Interpol, como o emitido contra a deputada, equivale a um pedido de prisão internacional, conforme o Tratado de Extradição Itália-Brasil.

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Há duas semanas, Zambelli compareceu ao mesmo tribunal, mas a audiência foi adiada devido a alegações de problemas de saúde. Na ocasião, uma perícia médica, com participação de profissionais indicados pela defesa e pelo governo brasileiro, concluiu que a deputada sofria de depressão, mas tinha condições de permanecer presa. A defesa apresentou um novo pedido de soltura, argumentando que o governo brasileiro não formalizou um pedido de prisão preventiva, mas os advogados seguem otimistas, afirmando esperar que Zambelli seja solta “a qualquer momento”.

Atividade nas redes sociais

Mesmo foragida, Zambelli mantém atividade em um perfil alternativo no Instagram, criado em maio de 2025, com cerca de 4.600 seguidores. A conta, atualizada pela última vez em 28 de julho, é usada para comentar temas da política nacional e reforçar críticas ao STF. Em 4 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão de suas redes sociais oficiais, mas o perfil alternativo segue ativo, com o primeiro post publicado em 13 de junho.

Com informações do portal g1.

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