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Rússia lança maior ataque aéreo a Kiev desde o início da guerra, deixando mortos e feridos
Termômetro da Política
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A capital ucraniana, Kiev, foi alvo do maior ataque aéreo russo desde o início da guerra, neste domingo (7), com cerca de 810 drones e 13 mísseis atingindo a cidade, segundo autoridades ucranianas. O bombardeio, que resultou em pelo menos quatro mortes, incluindo um bebê de três meses, marcou a primeira vez que um prédio do governo ucraniano, no distrito histórico de Pechersky, foi atingido. Uma coluna de fumaça foi vista saindo do edifício que abriga os gabinetes dos ministros da Ucrânia, embora ainda não esteja claro se o alvo foi diretamente bombardeado ou atingido por destroços.

Sede do governo da Ucrânia atingida por ataques com drones e mísseis russos (Foto: Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia em Kiev)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou a ofensiva, chamando-a de “crime deliberado e um prolongamento da guerra”. “Esses assassinatos agora, quando a diplomacia real já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra”, afirmou em uma publicação no X, apelando aos aliados por reforços nas defesas aéreas. Zelensky informou ter discutido os ataques com o presidente francês, Emmanuel Macron, combinando esforços diplomáticos. “Combinamos os nossos esforços diplomáticos, os próximos passos, e contatamos parceiros para assegurar uma resposta apropriada”, disse em mensagem no Telegram.

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O Ministério da Defesa russo confirmou o ataque, alegando que os alvos eram fábricas de armamentos, infraestrutura de transporte militar, aeródromos, arsenais, depósitos, estações de radar e locais de reunião de soldados e mercenários estrangeiros. A Ucrânia neutralizou 747 drones e quatro mísseis, mas nove impactos de mísseis e 56 ataques de drones atingiram 37 localidades, com destroços caindo em áreas civis em oito delas.

Além de Kiev, cidades como Zaporizhzhia, Kryvyi Rih, Odesa, e regiões como Sumy e Chernihiv foram afetadas. Um ataque a um prédio residencial no oeste da capital matou duas pessoas, enquanto outras duas mortes foram registradas no leste e sudeste do país. Mais de 20 pessoas ficaram feridas em Kiev, com apartamentos residenciais danificados. “Vamos restaurar os prédios, mas vidas perdidas não podem ser recuperadas. O mundo precisa responder não apenas com palavras, mas com ações”, declarou a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, no Telegram.

Líderes internacionais reagiram ao ataque. O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a Rússia, afirmando que ela “está se aprofundando cada vez mais na lógica da guerra e do terror”. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também se manifestou, dizendo que “esses ataques covardes mostram que [o presidente russo Vladimir] Putin acredita que pode agir impunemente. Ele não está sério sobre a paz”.

O ataque ocorre em um momento de pessimismo sobre um possível cessar-fogo, com Putin resistindo a negociações e fortalecendo laços com a China. O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou frustração com Moscou, mas resiste a sanções mais duras, afirmando na sexta-feira que trabalha em garantias de segurança para a Ucrânia para encerrar o conflito. Aliados europeus prometeram apoio militar e político, mas a possibilidade de envio de tropas ainda está em discussão. Uma reunião com aliados de Kiev está prevista para a próxima semana, focada em defesas aéreas e suprimentos para ataques contra a Rússia, segundo o Ministério da Defesa ucraniano.

Com informações do portal g1.

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