Em um desdobramento que intensifica a crise política na França, o primeiro-ministro Sebastien Lecornu e seu governo renunciaram nesta segunda-feira (6), apenas 14 horas após o anúncio da formação do novo gabinete. Lecornu, que assumiu o cargo há apenas 27 dias, tornando-se o quinto primeiro-ministro do presidente Emmanuel Macron em dois anos, viu seu governo se tornar o mais curto da história moderna do país. A renúncia, descrita como rápida e inesperada, veio após ameaças de aliados e adversários políticos de derrubar a administração recém-formada.

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A decisão agrava a instabilidade no Parlamento francês, profundamente dividido, em um momento em que a segunda maior economia da zona do euro enfrenta desafios para equilibrar suas finanças públicas. O partido de extrema direita Reunião Nacional exigiu que Macron convoque imediatamente uma eleição parlamentar, enquanto o partido de extrema esquerda França Insubmissa defendeu a renúncia do próprio presidente.

Em um breve discurso após anunciar sua saída, Lecornu justificou a decisão: “Não se pode ser primeiro-ministro quando as condições não são atendidas”. Ele atribuiu o fracasso em formar um governo estável aos “egos” dos políticos da oposição, que, segundo ele, permaneceram inflexíveis em relação aos seus manifestos partidários. Lecornu também criticou membros de sua própria coalizão minoritária, apontando que estavam mais focados em suas ambições presidenciais do que no interesse nacional. “Você deve sempre preferir seu país ao partido”, declarou.

Com informações da Agência Brasil.