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Furacão Melissa alcança categoria 5 e ameaça Jamaica, Cuba e Bahamas com ventos de 260 km/h
Termômetro da Política
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O furacão Melissa atingiu a categoria 5 nesta segunda-feira (27), com ventos sustentados de 260 km/h, tornando-se o mais forte a atingir a Jamaica em décadas, segundo Evan Thompson, diretor do serviço meteorológico jamaicano. Localizado a 205 km ao sul-sudoeste de Kingston, na Jamaica, e 505 km ao sudoeste de Guantánamo, em Cuba, o fenômeno deve tocar o solo na Jamaica na madrugada de terça-feira (28), alcançando Cuba horas depois e as Bahamas até quarta-feira, conforme boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA às 6h (horário de Brasília). “Melissa agora é um furacão de categoria 5. Ventos destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na Jamaica ao longo do dia e durante a noite”, alertou o NHC.

Imagem de satélite mostra furacão Melissa sobre o mar do Caribe
Imagem de satélite mostra furacão Melissa sobre o mar do Caribe (Foto: RAMMB/CIRA handout)

O governo jamaicano ordenou a evacuação obrigatória de Kingston, Porto Real e outras áreas, disponibilizando 900 abrigos. Os dois aeroportos internacionais do país foram fechados no domingo. “Muitas dessas comunidades não vão sobreviver a esta enchente. Kingston é baixa, extremamente baixa… Nenhuma comunidade em Kingston está imune a inundações. (…) Quero pedir aos jamaicanos que levem isso a sério. Não joguem com Melissa. Não é uma aposta segura”, declarou Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho jamaicano de Gestão de Riscos de Desastres. O ministro dos Transportes, Daryl Vaz, reforçou: “Não tomem decisões tolas. Estamos entrando em um período muito, muito sério nos próximos dias”.

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Impactos e alertas

O furacão, que evoluiu rapidamente desde sábado, pode despejar até 76 cm de chuva na Jamaica, com áreas do leste recebendo até 1 metro, e 40 cm no oeste do Haiti, segundo o NHC. “Inundações repentinas catastróficas e numerosos deslizamentos de terra são prováveis”, alertou o centro. Em Cuba, um alerta de furacão está em vigor para Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín, com até 51 cm de chuva previstos e uma maré de tempestade significativa. A Jamaica enfrenta uma maré de tempestade de até 4 metros na costa sul, representando risco de vida. Thompson alertou que deslizamentos, enchentes e estradas bloqueadas atrasarão a limpeza e avaliação de danos.

Na República Dominicana, onde quatro das nove províncias estão em alerta vermelho, Melissa danificou mais de 750 casas, deslocou 3.760 pessoas e isolou 48 comunidades. No Haiti, a tempestade destruiu plantações em três regiões, incluindo 15 hectares de milho, agravando a crise alimentar que afeta 5,7 milhões de pessoas, sendo 1,9 milhão em emergência. “As enchentes estão obstruindo o acesso a terras agrícolas e mercados, colocando em risco as colheitas e a temporada agrícola de inverno”, afirmou a FAO.

Mortes e impacto regional

Pelo menos quatro mortes foram registradas devido às tempestades associadas ao Melissa: três no Haiti e uma na República Dominicana, segundo a Associated Press. A região também foi afetada por um terremoto de magnitude 6,5 a leste de Curaçao na segunda-feira, a 10 km de profundidade, sem alerta de tsunami, conforme o Centro de Estudos Geológicos dos EUA.

O furacão pode impactar tropas dos EUA no Caribe, enviadas por Donald Trump em uma campanha contra o narcotráfico e o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Dezenas de navios e aeronaves estão na região, onde o Melissa deve continuar despejando chuvas torrenciais nos próximos dias.

Com informações do portal g1.

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