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Ex-premiê de Bangladesh, Sheikh Hasina é condenada à morte por tribunal
Termômetro da Política
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Um tribunal internacional de crimes no Bangladesh sentenciou a ex-premiê Sheikh Hasina à pena capital, responsabilizando-a pela repressão brutal a manifestações estudantis que levaram à sua queda no ano passado. A corte, composta por três magistrados, concluiu que a líder falhou em impedir mortes e incentivou a violência, culminando em centenas de vítimas durante os tumultos que derrubaram seu regime.

Hasina, que vive exilada na Índia, não compareceu à corte para ouvir o veredicto
Hasina, que vive exilada na Índia, não compareceu à corte para ouvir o veredicto (Foto: Reprodução/X)

“Ela incitou os ativistas de seu partido e declarou ter ordenado o assassinato e a eliminação dos estudantes que protestavam”, afirmou um dos juízes ao proclamar a decisão. Parentes de vítimas presentes no julgamento aplaudiram a sentença, expressando alívio após meses de luta por justiça.

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Hasina, apelidada de “dama de ferro”, que governava o país desde 2009, foi forçada ao exílio na Índia após protestos estudantis que foram violentamente reprimidos. Segundo a ONU, pelo menos 1.400 pessoas perderam a vida nos distúrbios, a maioria civis. Hasina, que vive exilada na Índia, não compareceu à corte para ouvir o veredicto. Acusada de violar repetidamente os direitos humanos durante seu governo, com opositores políticos sendo as suas maiores vítimas, a ex-líder foi julgada à revelia, com a Promotoria solicitando a pena máxima.

O governo bangladeshiano reagiu imediatamente à condenação, exigindo a “extradição imediata” de Hasina. “Seria um ato hostil e um desprezo pela Justiça se qualquer outro país concedesse asilo aos indivíduos condenados por crimes contra a humanidade”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país em nota. A Índia, por sua vez, reconheceu o veredicto e afirmou estar comprometida “com o melhor interesse do povo de Bangladesh”. Apesar disso, o Ministério das Relações Exteriores do país não informou se extraditaria ou não a ex-premiê.

Desde a sua queda, o país tem sido governado por um governo interino liderado pelo vencedor do Nobel da Paz, Muhammad Yunus. As eleições legislativas do país estão marcadas para fevereiro. Apesar da troca de governo, ainda há denúncias de repressão policial no país. Entre agosto de 2024 e setembro de 2025, pelo menos 281 pessoas morreram, incluindo 40 em execuções extrajudiciais e 153 vítimas de linchamentos, segundo a Odhikar, principal organização de direitos humanos do Bangladesh.

Com informações do portal Uol.

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