Um boato antigo ganhou nova vida nas redes sociais após a divulgação de gravações de Jeffrey Epstein, o financista condenado por tráfico sexual que supostamente se suicidou em 2019. As mensagens, liberadas por um comitê da Câmara dos Deputados em 12 de novembro de 2025, incluem uma alegação polêmica do criminoso sobre um suposto ato sexual entre o presidente Donald Trump e o ex-presidente Bill Clinton – descrito como uma “piada” de Epstein em conversa com Steve Bannon, ex-estrategista de Trump. O rumor, sem base factual comprovada, explodiu em memes e protestos online, reacendendo debates sobre as conexões de Epstein com elites políticas.

A origem remonta a fitas gravadas pelo jornalista Michael Wolff, publicadas em seu livro “Fire and Fury” e agora destacadas nos documentos. Epstein, em mensagem trocada com Bannon em agosto de 2018, faz uma referência jocosa a Trump “pagando boquete” em Clinton, no contexto de escândalos sexuais. “Arquivos bizarros de Epstein fazem referência a Trump pagando boquete em Bill Clinton, causando um fluxo de memes no X”, tuitou @aly_hell, compartilhando imagens satíricas de Trump e Clinton em poses caricatas, com legendas como “A última risada de Epstein”. O post, de 15 de novembro, acumulou milhares de visualizações, misturando humor negro e acusações de encobrimento.
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Fatos confirmados apontam para relações sociais entre Trump e Clinton nos anos 1990 e 2000, quando Trump doou para campanhas de Clinton e ambos frequentavam eventos de elite. Trump chamou Epstein de “um cara fantástico” em 2002, mas o baniu de Mar-a-Lago em 2004 por assédio a uma menor. Clinton voou no jato de Epstein mais de 20 vezes entre 2001 e 2003, segundo logs, mas nega visitas à ilha particular de Epstein e qualquer irregularidade. Nenhum documento ou testemunho credível sustenta envolvimento sexual mútuo entre os dois presidentes; as alegações de Epstein são vistas como provocação ou desinformação, sem corroboração judicial.
A aproximação Trump-Clinton floresceu em círculos de negócios e filantropia. Trump apoiou Hillary Clinton em 2008 e elogiou Bill como “um cara brilhante” em entrevistas. O rompimento veio com a campanha de 2016, quando Trump acusou Clinton de laços com Epstein para desacreditar rivais. As fitas de Wolff, divulgadas agora, mostram Epstein aconselhando Bannon em estratégias pró-Trump, como respostas a críticas fiscais: “Podemos discutir a resposta às críticas ao corte de impostos. Os 83% para os ricos são extremamente enganosos. Dinheiro de volta. Fundos de pensão em alta”.
Nas redes, reações variam de memes irônicos a protestos furiosos. “Tudo besteira, nada além de um Epstein filmado na frente de todo o clube de golfe só com homens, todos riram. Eu ri. Trump está sob ataque em vez de focar nos comunistas, trans, assassinos e a queda do Partido Democrata. Eles querem queimar tudo”, postou @EduardoPrezPan1 em 15 de novembro, com um meme de Trump e Clinton em pose golfística, gerando visualizações e debates acalorados. Outro usuário, @theleftovers46, ironizou: “Porque é uma distração. Não há nada criminal nos arquivos ou ele já teria sido acusado há muito tempo, mas há muito fofoca e insinuações para os teóricos da conspiração. Todo o Twitter está dizendo que Trump realizou um ato sexual em Bill Clinton por causa de uma piada que Epstein fez”, acumulando visualizações e respostas com gifs de explosões.
Protestos online incluem petições no Change.org com mais de 50 mil assinaturas exigindo investigação completa das fitas de Epstein, e hashtags como #EpsteinFiles sempre viralizam no X. Um meme viral mostra Epstein como “fantasma” sussurrando segredos, com legenda: “Epstein não se matou, mas está matando as chances de Trump em 2028”. @drawandstrike tuitou em setembro: “Eu disse que isso ia dar nisso. Evidências falsas de Epstein plantadas… ACORDEM PORRA”, com 69.594 visualizações, alimentando teorias de armação democrata. A repercussão, impulsionada por memes como Trump “seduzindo” Clinton em poses presidenciais, destaca como rumores de Epstein continuam a polarizar a América.