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Conheça a história da mexicana Fátima Bosch, coroada Miss Universo 2025 em final polêmico
Termômetro da Política
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A mexicana Fátima Bosch, de 25 anos, foi coroada Miss Universo 2025 na nesta sexta-feira (21) em uma cerimônia marcada por escândalos, acusações de racismo e denúncias de fraude. Minutos após receber a faixa, a nova rainha da beleza enviou uma mensagem de empoderamento: “Acredite no poder da sua autenticidade. Seus sonhos importam, seu coração importa. Nunca deixe ninguém fazer você duvidar do seu valor.”

Vitória da representante do México veio após semanas de turbulência (Foto: Reprodução/Instagram)

A vitória da representante do México veio após semanas de turbulência. No início do mês, durante evento transmitido ao vivo, o diretor do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil, repreendeu Bosch por não produzir conteúdo promocional suficiente e chegou a chamá-la de “idiota” em inglês. Nawat depois negou o insulto, alegando confusão entre “dumbhead” e “damage”. A candidata reagiu afirmando que “tenho uma voz” e que não estava sendo “respeitada enquanto mulher”. Seguranças foram chamados para retirá-la da sala, mas várias concorrentes se levantaram e saíram em solidariedade. O episódio ganhou repercussão mundial, inclusive com manifestação da presidente mexicana Claudia Sheinbaum, que classificou o tratamento como uma “agressão” enfrentada por Bosch com “dignidade”.

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A controvérsia não parou aí. A ex-Miss Universo 1996 Alicia Machado foi acusada de racismo ao se referir a Nawat como “aquele chinês desprezível” em live no Instagram e, ao ser corrigida de que ele é tailandês, respondeu: “Chinês, tailandês, coreano. Para mim, todas essas pessoas com olhos puxados como os dele são chinesas”, enquanto puxava os cantos dos olhos com os dedos.

Dias antes da final, dois jurados abandonaram o concurso. O compositor Omar Harfouch divulgou que renunciou porque existia um grupo paralelo “improvisado” que já havia pré-selecionado as 30 finalistas. “Eu não poderia ficar diante do público e das câmeras de televisão, fingindo legitimar uma votação da qual nunca participei”, declarou. A organização Miss Universo (MUO) negou as acusações em comunicado oficial: “A Organização Miss Universo esclarece categoricamente que nenhum júri improvisado foi criado, que nenhum grupo externo foi autorizado a avaliar as candidatas ou selecionar as finalistas, e que todas as avaliações do concurso continuam a seguir os protocolos estabelecidos, transparentes e supervisionados da MUO”.

Filha de Teapa, Tabasco, nascida em 19 de maio de 2000, Fátima Bosch estudou na Escola Arjí, em Villahermosa, e se formou em design de moda pela Universidade Ibero-Americana, com passagens pela Nuova Accademia di Belle Arti (NABA), em Milão, e pelo Lyndon Institute, em Vermont. Ela fala abertamente sobre o bullying sofrido na infância por causa da dislexia e do TDAH, experiências que transformou em bandeira de empoderamento feminino.

Sua trajetória em concursos começou em 2018, quando foi eleita Flor de Oro Tabasco. Em setembro de 2025, conquistou o título de Miss Universo México em Zapopan, Jalisco, tornando-se a primeira mulher de Tabasco a representar o país no palco global. Com a coroa mundial, Bosch entra para a história como a quarta mexicana a vencer o Miss Universo, ao lado de Lupita Jones (1991), Ximena Navarrete (2010) e Andrea Meza (2021).

Com informações do portal Veja.

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