O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (30), a bordo do Força Aérea Um, que manteve uma conversa telefônica com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, respondeu Trump aos jornalistas que o questionaram sobre o contato.

A confirmação ocorre em meio à escalada verbal e militar entre Washington e Caracas. No sábado, Trump declarou que o espaço aéreo “acima e nos arredores da Venezuela” deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”, sem explicar como a medida seria implementada. Questionado se isso sinalizava ataques iminentes, o presidente americano desconversou: “Não tire conclusões sobre isso.”
Segundo o New York Times, a ligação entre os dois líderes aconteceu ainda neste mês e incluiu a discussão de um possível encontro em território americano. A Reuters revelou que o governo Trump avalia opções que vão desde uma tentativa de derrubar Maduro até a intensificação de operações militares, com as Forças Armadas já preparadas para uma nova fase após o reforço naval no Caribe e quase três meses de ataques a embarcações suspeitas de tráfico.
Até o momento, nem Maduro nem altos funcionários venezuelanos comentaram publicamente o telefonema. Durante coletiva neste domingo, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, esquivou-se do tema ao ser questionado, afirmando que o assunto da entrevista era a investigação parlamentar sobre os ataques americanos a barcos no Caribe.
A revelação da conversa ocorre no momento em que Trump alterna ameaças diretas com sinais de abertura diplomática, mantendo a pressão sobre o governo venezuelano, acusado por ele de envolvimento no tráfico de drogas que atinge os Estados Unidos. Maduro sempre negou qualquer participação no comércio ilegal de entorpecentes.
Com informações da Agência Brasil.