O candidato de direita José Antonio Kast, líder do Partido Republicano, venceu as eleições presidenciais no Chile neste domingo (14). Com 95,18% das urnas apuradas, ele obteve 58,30% dos votos, segundo o Serviço Eleitoral (Servel).
A adversária de esquerda, Jeanette Jara, ex-ministra do Trabalho no governo de Gabriel Boric, reconheceu a derrota. “A democracia falou forte e claro. Acabo de falar com o presidente eleito José Antonio Kast para desejar-lhe êxito pelo bem do Chile”, escreveu ela no X (antigo Twitter).
Cerca de 15,6 milhões de eleitores estavam aptos a votar, de acordo com a Reuters.
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Kast já liderava desde o primeiro turno. A vitória consolida a alternância entre direita e esquerda no poder chileno desde 2010.
Embora o Chile figure entre os países mais seguros da América Latina, a criminalidade emergiu como principal preocupação de 63% da população, conforme pesquisa Ipsos. Os homicídios cresceram 140% em dez anos, e o país registrou 868 sequestros em 2024 – alta de 76% em relação a 2021.
Aos 59 anos, Kast promete endurecimento no combate ao crime, com mais poder de fogo para a polícia e envio de militares a áreas críticas. Ele também defende a expulsão de cerca de 340 mil imigrantes sem documentos e a criação de um “escudo fronteiriço”, incluindo muro na fronteira com a Bolívia, trincheira e mobilização de 3.000 militares.
Esta foi a terceira tentativa presidencial de Kast, que se opõe ao aborto mesmo em casos de estupro e será o presidente mais à direita desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990. Ele assume em substituição a Gabriel Boric, de centro-esquerda.
Com informações do portal g1.
